
A Petrobras pedirá para o Ibama reconsiderar a negativa de licença ambiental para perfuração de um poço na bacia da Foz do Amazonas, no Amapá. Em comunicado nesta 5ª feira (18.mai.2023), a empresa afirmou que ainda não foi notificada oficialmente pelo órgão. Eis a íntegra (215 KB).
“A Petrobras entende que atendeu rigorosamente todos os requisitos do processo de licenciamento”, disse. A estatal afirmou que mobilizou os recursos no Amapá e no Pará atendendo a decisões do Ibama.
Segundo a Petrobras, a sonda e os recursos empenhados para a perfuração serão direcionados para as atividades da estatal no Sudeste.
Em nota, a estatal afirmou que recebeu “com surpresa” a notícia de negativa do Ibama para a licença. O presidente do órgão, Rodrigo Agostinho, indeferiu o pedido, na noite de 4ª feira (17.mai), por causa de “inconsistências técnicas” no projeto apresentado pela Petrobras.
Agostinho acompanhou o entendimento da equipe técnica do Ibama de que seria necessário realizar uma AAAS (Avaliação Ambiental de Área Sedimentar) da bacia sedimentar para identificar áreas em que a exploração de petróleo poderia causar graves impactos ambientais.
A Margem Equatorial brasileira é formada por 5 bacias sedimentares, que se estendem do Amapá ao Rio Grande do Norte: Foz do Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar.
A Petrobras tenta perfurar um poço de petróleo a 179 km da costa do Amapá, na altura do Oiapoque, para realizar um teste pré-operacional para avaliar o plano de contingência da estatal em caso de vazamentos.
As áreas onde a Petrobras vai fazer a campanha foram adquiridas em consórcio com a BP e a TotalEnergies, em 2013. As multinacionais desistiram em 2020 e 2021, vendendo suas participações para a brasileira. A BP e a Total tentavam obter licença para perfuração, mas não tiveram sucesso.
Com informações do Poder 360