A equipe econômica quer reduzir em quase 70% o volume dos subsídios do FGTS (descontos a fundo perdido) no valor dos financiamentos habitacionais para famílias incluídas no programa Minha Casa Minha Vida (MCMV).
Uma proposta apresentada pelo Ministério da Economia ao grupo técnico que assessora o conselho curador do FGTS prevê reduzir para R$ 3 bilhões o volume de recursos aprovado nos orçamentos deste ano e no próximo.
Os dois orçamentos preveem R$ 9 bilhões cada um para essa finalidade, de acordo com o plano plurianual do FGTS. O objetivo alegado é a necessidade de melhorar a rentabilidade das contas dos trabalhadores vinculadas ao FGTS.
Na prática, os subsídios funcionam como uma ajuda que o FGTS dá às famílias com renda entre R$ 2.600 e R$ 4 mil na hora de tomar o financiamento. O valor do desconto depende da renda do mutuário e pode chegar até R$ 47,5 mil do total do financiamento.
R$ 64,89 bi em dez anos
Em dez anos (entre 2009 e 2019), desde que o MCMV foi criado, o FGTS concedeu ao todo R$ 64,897 bilhões em subsídios. Durante esse período, os empréstimos somaram R$ 247,7 bilhões, beneficiando 2,974 milhões de famílias, segundo dados do portal do FGTS. O orçamento total do Fundo para habitação popular neste ano é R$ 66,5 bilhões, incluindo os subsídios.
O GLOBO