'Palavra intervencionismo é completamente inadequada na Petrobras', diz Alexandre Silveira

21 de Maio 2024 - 10h35
Créditos: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta terça-feira (21) ao Em Ponto, da GloboNews, que a "palavra intervencionismo é completamente inadequada na Petrobras". O posicionamento acontece quase uma semana após o Conselho da companhia aprovar a saída de Jean Paul Prates do comando da empresa.

Prates travou embates com os integrantes do Conselho de Administração da petroleira e com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Um deles foi o pagamento de dividendos extraordinários da Petrobras, que se tornou a gota d'água na relação entre todos.

Prates foi indicado para o cargo antes mesmo de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomar posse, em dezembro de 2022.

Para o seu lugar, a indicada de Lula é a engenheira Magda Chambriard, que também assessorou a comissão interministerial para estudar as regras de exploração e produção das reservas de petróleo e gás na área do pré-sal.

Silveira justificou que a indicação de Magda não é "uma mudança abrupta na Petrobras, [...] para que ela (Petrobras) continue sendo atrativa para os investimentos". O ministro afirmou ainda que o foco com a estatal é continuar com o plano de investimentos.

No último mês, a companhia informou que projeta investir US$ 73 bilhões em atividades de exploração e produção, sendo que parte dos recursos será destinada para demandas relacionadas à indústria naval e offshore.

De acordo com a petroleira, os projetos relacionados a essas demandas contemplam, entre outros pontos, plataformas de petróleo, navios de apoio marítimo, embarcações de cabotagem e destinação sustentável de unidades.

A estimativa da empresa é criar até 100 mil empregos diretos e indiretos com essa demanda, no prazo estimado para os projetos.

O ministro afirmou ainda que o investidor não precisa se preocupar com o novo nome e que não terão surpresas na gestão da companhia. Magda já passou por todas as etapas formais de aprovação interna da companhia.

Como as regras da Petrobras determinam que o presidente deve ser integrante do Conselho de Administração da Petrobras, a indicada deve ser aprovada pelo conselho e depois pela assembleia de acionistas.

De acordo com a colunista Ana Flor, o Conselho deve se reunir na próxima sexta-feira (24) para analisar o nome da engenheira.

Com informações do G1