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Especialistas e representantes do governo e do setor produtivo de todo o país discutiram, nesta quarta-feira (26), no 6º Seminário Pense nas Pequenas Primeiro, os caminhos para as micro e pequenas empresas (MPE) se desenvolverem e qual é a participação do segmento na retomada da economia do País. O encontro aconteceu na sede da CNI, em Brasília.
A 6ª edição do evento, realizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o apoio do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), promoveu o debate e articulação com os poderes Executivo e Legislativo, visando à melhoria da política pública brasileira para as MPEs e à geração de oportunidades de negócios que promovam o desenvolvimento econômico.
Amaro Sales de Araújo, presidente do Sistema FIERN e do Conselho Temático da Micro e Pequena Empresa – COMPEM/CNI, destacou, em seu pronunciamento, a atenção da Confederação junto as micro e pequenas empresas, desde 2004, com a criação do COMPEM. O Conselho é formado por empresários industriais de pequenas e médias empresas de todo o Brasil, além de instituições ligadas ao empreendedorismo em diversos segmentos.
“Conhecemos os desafios do dia-a-dia da micro e pequena empresa e buscamos articular soluções junto ao Governo, ao Congresso e às instituições brasileiras”, destacou.
Com isso, observa o presidente, o seminário visa a construção de soluções concretas para as pequenas empresas. “A crise reduziu o mercado brasileiro e produziu milhões de desempregados. As pequenas empresas sofreram fortemente e continuam tentando manter suas operações e a confiança de que o futuro será melhor. O otimismo é ingrediente indispensável ao empreendedorismo”, disse Amaro Sales.
Durante todo o dia, esteve em discussão temas como o papel dos pequenos negócios na recuperação do crescimento econômico, a utilização do marketing digital e das novas mídias nos pequenos negócios e os avanços e as tendências do crédito para esses empreendimentos.
Amaro Sales ressalta a importância da Lei Geral das MPEs que, em síntese, busca desburocratizar e agilizar o atendimento às micros e pequenas empresas; estimular um ambiente favorável ao desenvolvimento de negócios de pequeno porte, que serão beneficiados com o desembaraço fiscal e burocrático.
Ele lembrou a proposta do Simples Trabalhista que tramita no Congresso Nacional. “Uma alternativa para que a pequena empresa, apoiada, estimule a criação de novos postos de trabalho”, acrescenta. E a necessidade de rever as inúmeras exigências do e-Social e das Normas Regulamentares. “Há um esforço enorme das pequenas empresas para cumprimento de uma burocracia que não é barata e, na prática, retira competitividade dos empreendimentos”, destaca.
Para o presidente, a recuperação da economia depende da capacidade de captação de financiamento para a micro e pequena empresa. E defendeu ainda a Reforma da Previdência, “como medida necessária para o equilíbrio das finanças públicas”, e o fortalecimento do empreendedorismo.
