Oposição rebate Lula sobre Oiticica e cobra prioridade para obras no RN

02 de Setembro 2023 - 13h15
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Na condição de ex-ministro do Desenvolvimento Regional e como líder da oposição ao governo federal no Senado Federal, o senador Rogério Marinho (PL) diz-se “comprometido em fiscalizar e cobrar a correta aplicação dos recursos  públicos”, razão pela qual faz reparos a declarações do presidente Lula, que visitou, na tarde de sexta-feira (1º), o andamento das obras da transposição do rio São Francisco, em Luís Gomes, região do Alto Oeste do Estado: “Conto alguns fatos para ver se o presidente Lula compreende um pouco da história da segurança hídrica do meu Rio Grande do Norte”.

Inicialmente, o senador Rogério Marinho historia que a Barragem de Oiticica, na região do Seridó, “não foi iniciada em 2013. Ela foi idealizada em 1952, tendo suas obras iniciadas em 1990 e paralisadas em 1993”. “Recordo-me que o senhor assumiu a presidência em 2003 e, se tivesse dado a mínima importância para a segurança hídrica potiguar, teria priorizado a retomada das obras no início de sua gestão. Mas não, as obras foram retomadas, pasmem, 10 anos depois, somente em 2013”, relatou o senador.

Segundo o senador, após  essa retomada, as obras cuja execução são de responsabilidade do governo do Rio Grande do Norte engatinharam, “porque de fato nunca foram prioridade, até que  assumimos o MDR em 2020, e logo viramos o jogo”. Marinho afirmou que priorizou recursos, retomando as obras “e em apenas três anos asseguramos R$ 300 milhões para Oiticica, o mesmo valor aportado somando todos os anos anteriores”.

O senador declarou que recursos não faltaram “e alcançamos mais de 90% de execução das obras, incluindo a  Nova Barra de Santana ao final de 2022, mas infelizmente  não finalizamos o fechamento da parede da barragem, pois dependíamos da gestão do governo do estado, que desde 2013 solicitou mais de uma dezena de aditivos para execução das obras, e também não avançou na remoção das pessoas atingidas da área a ser inundada pela barragem. Pasmem (novamente), este imbróglio não foi solucionado até hoje”.

Quanto ao Ramal do Apodi, o senador Rogério Marinho explicou que “novamente afirmamos que a segurança hídrica do Rio Grande do Norte, presidente Lula, nunca foi sua prioridade. Pois foi no governo PT, em 2013 que o projeto original da Transposição foi abandonado, deixando de lado o Ramal do Apodi, obra essencial para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte”. Em 2020, Marinho disse que virou o jogo novamente, quando solicitou prioridade à equipe técnica do MDR e em 2021 potiguares puderam ver com seus próprios olhos as obras sendo iniciadas”. 
O parlamentar informou ter investido R$ 182 milhões no período 2021-2022, mantendo um  ritmo de obras, garantindo mais R$ 238 milhões para assegurar “a continuidade e o adequado ritmo das obras em 2023”. Ao todo, continua, foram R$ 420 milhões assegurados por nossa gestão, o que representa 40% do valor do contrato de execução das obras.

“Então presidente, dizer que está priorizando estas obras, somente por envelopá-las no novo PAC, é uma bela cortina de fumaça. Priorizar é executar, tirar do papel, não deixar paralisar as obras”, criticou o senador, para quem o presidente “não mencionou a Barragem Passagem das Traíras, mas as obras de modernização visando a segurança da barragem avançaram 70% na última gestão, e no momento estão paralisadas por falta de pagamento pelo seu governo do PT”.

Rogério Marinho questina porque o presidente “ não olhou para região mais seca do Estado? Nós olhamos e iniciamos as obras do Projeto Adutoras do Seridó em 2022 e deixamos assegurados mais de R$ 80 milhões para execução em 2023. Iniciamos ainda o projeto da Adutora do Agreste, isto sim, é prioridade”.

Marinho disse esperar “de fato que o governo Lula deixe a política de lado, e priorize essas importantes obras hídricas que tiveram início e avançaram em nossa gestão. De nada adianta anunciar  novas obras do novo PAC  e deixar para trás milhares de obras importantes paralisadas, como nas gestões anteriores  do PT”.

Com informações da Tribuna do Norte