
Essa história foi contada pelo ex-deputado Valério Mesquita, imortal da Academia Norte-rio-grandense de Letras, contador de “causos” e que tem a verve peculiar para transformar situações comuns em episódios, no mínimo, espirituosos.
Nivaldo Dantas foi um dos grandes zagueiros do futebol potiguar nos anos 60/70. Fez seu nome em Mossoró, atuando pelo Potiguar e Baraúnas, e também na capital pelo ABC. Ao pendurar as chuteiras buscou novas atividades, enveredando pelo caminho do rádio como comentarista esportivo e também sendo eleito vereador em 1988.
Em atuação no rádio, durante um Potiguar x ABC, no Nogueirão, no ano de 1976, uma falta foi marcada na entrada da área contra o time da capital do Oeste e o volante Drailton, do ABC, com seus 1,92 de altura, 92 kilos e chuteiras 44, preparou-se para a cobrança. O locutor deu a deixa para o comentarista:
“E aí, Nivaldo? Perigo para a meta do time Príncipe?”.
O comentarista, de primeira, assumiu o comando e alertou:
“Meus amigos, quem vai bater a falta é o Drailton. Esse eu conheço. Já joguei com ele. E o “cacetaço” do negão não é mole, não!!! O goleiro que se cuide!
Silêncio tumular após o comentário e a convocação do comentarista ao fim do jogo para uma conversa com os donos da rádio.
A foto que ilustra a postagem mostra Drailton e Noé Soares, na calçada do antigo Aeroporto Augusto Severo, em Parnamirim.
Créditos de Imagens e Informações para criação do texto: Tribuna do Norte. Resenhas. Valério Mesquita.