Novo chefe do CNMP, Rinaldo Reis diz que atacará estrelismos de membros do órgão

28 de Outubro 2019 - 13h50
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Eleito hoje novo corregedor nacional do Ministério Público, o promotor de Justiça e ex-Procurador-Geral de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Norte, Rinaldo Reis, disse durante sabatina em maio no Senado, ser “radicalmente contra estrelismos” por parte de membros do órgão.

Durante a sabatina, vários senadores cobraram de Reis uma postura mais proativa do CNMP para punir procuradores que se manifestam em redes sociais e na mídia, seja para apontar crimes de pessoas ainda em investigação ou para opinar sobre propostas em discussão no Congresso.

O senador Weverton (PDT) disse que Deltan Dallagnol, por exemplo, deveria deixar o cargo e se candidatar — o chefe da força-tarefa já é alvo de procedimentos disciplinares por causa de tweets e entrevistas.

Na sabatina, sem citar Dallagnol, Reis disse que a Corregedoria Nacional já tem sido mais “contundente” para coibir “abusos nas redes sociais”, que têm diminuído, segundo ele.

“Isso infelizmente tem nos dado mais trabalho do que a gente acha que deveria ter, porque deveria haver realmente uma maior maturidade por parte de alguns membros do Ministério Público, que têm, até nas palavras do Senador Angelo Coronel, estrelismo, que agem com estrelismo. Nós somos radicalmente contra isso”, afirmou Reis na ocasião.

Na sabatina, Rinaldo Reis disse que, na gestão de Orlando Rochadel, que deixou hoje o cargo de corregedor nacional, “a grande preocupação foi exatamente a de coibir esse tipo de excesso, esse tipo de atuação danosa nas redes sociais, nas mídias, que não contribui em nada”.

“No nosso entendimento e no entendimento do Conselho, são passíveis, sim, de punição, e estão sendo punidas”, disse Reis, respondendo a um dos senadores.

A posição coincide com a de Augusto Aras que, em entrevistas antes de ser escolhido por Jair Bolsonaro para comandar a PGR, disse ser contra o excesso de personalismo no MP.

Com informaçoes de O Antagonista.