"Não me adaptei à cultura de compadrio de Brasília", diz presidente do BB

26 de julho 2020 - 04h44
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O presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, decidiu deixar o cargo por causa dos conflitos políticos de Brasília e por acreditar que o banco precisa de um executivo mais afinado com as inovações tecnológicas necessárias para enfrentar a concorrência das fintechs. Ele afirmou as razões para deixar o cargo em uma entrevista por telefone neste sábado. Nesta sexta-feira, o economista entregou seu pedido de renúncia ao ministro da Economia, Paulo Guedes, e ao presidente Jair Bolsonaro.

Novaes explicou que, no final de maio, já havia enviado uma carta expressando a Guedes seu desejo de deixar o banco em agosto, após apresentar os resultados financeiros do primeiro semestre e completar 75 anos. Nesse documento, o economista fez, inclusive, uma lista de sugestão de sucessores. Ele não quis revelar os nomes e afirmou que não está envolvido na escolha do novo comandante do BB. "O banco precisa de um executivo jovem afinado com todas essas transformações", afirmou.

Em entrevista exclusiva à CNN por telefone Novaes ainda falou: "Não me adaptei à cultura de privilégios, compadrio e corrupção de Brasília". O presidente ressaltou que referiu-se ao ambiente da capital federal e não a algum acontecimento específico.  

Fonte: CNN Brasil