"Na pandemia, pode parecer estranho ampliar recursos da Cultura", diz secretário

17 de Abril 2021 - 04h45
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O diretor-geral da Fundação José Augusto, Crispiniano Neto, admitiu que pode parecer estranho ampliar os recursos para Cultura em meio a pandemia do novo coronavírus, mas defendeu a decisão tomada pela governadora Fátima Bezerra (PT). O Governo do RN decidiu aumentar para R$ 8 milhões os recursos disponíveis – por meio de renúncia fiscal – para a Lei Câmara Cascudo, que financia projetos no setor.

“Em tempos de pandemia, pode parecer estranho aumentar os recursos de fomento à Cultura. Mas é fato que depois dos profissionais da Saúde e até antes deles, são os trabalhadores da cultura que estão dentro das casas alimentando e curando almas, levando alento a milhões de seres humanos no mundo inteiro para romper com a solidão e a angústia que assolam a humanidade no momento em que a Ciência exige o distanciamento social. Os trabalhadores da Economia da Cultura foram os primeiros a terem suas atividades profissionais paralisadas e, com certeza, serão os últimos. Mas, precisam continuar vivendo e distribuindo vida, saber e alegria através dos seus projetos culturais”, Crispiniano Neto, cujo cargo tem status equivalente ao de secretário de Cultura.

A operacionalização do programa é realizada pela Fundação José Augusto (FJA) através da Comissão de Cultura, que teve seu mandato prorrogado até 31 de outubro. O artista, grupo de artistas ou instituição interessada na captação dos recursos, poderá inscrever seu projeto entre 19 de abril e 31 de agosto, que será analisado para confirmar adequação às normas da Lei, e decidida sua aprovação. Nos 21 anos de existência o Programa Câmara Cascudo disponibilizou R$ 86 milhões, beneficiando mais de 550 projetos.