Créditos: Fellipe Sampaio/STF
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), definiu o cronograma das audiências das testemunhas de acusação e defesa na ação penal em que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outros sete aliados são réus por uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Os depoimentos começam no dia 19 de maio e devem se estender até, pelo menos, o início de junho. Ao todo, 82 pessoas serão ouvidas, com sessões previstas em dois turnos — às 8h e às 14h — e até dez testemunhas por dia.
As datas foram organizadas conforme indicações da Procuradoria-Geral da República (PGR), responsável pela acusação, e das defesas de cada réu. No dia 19, as oitivas iniciam com os nomes indicados pela PGR, entre eles os ex-comandantes Marco Antônio Freire Gomes (Exército) e Carlos Almeida Baptista Junior (Aeronáutica), além do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB). Freire Gomes e Baptista Junior relataram à Polícia Federal que Bolsonaro sugeriu uma proposta para reverter o resultado das eleições.
No dia 22, será a vez das testemunhas indicadas pelo tenente-coronel Mauro Cid, que firmou acordo de delação premiada. Entre elas está o ex-comandante do Exército Júlio Cesar de Arruda, que assumiu o cargo no início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A partir do dia 23, começam a ser ouvidas as testemunhas de defesa, indicadas por réus como o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) e o ex-ministro Walter Braga Netto.
Entre os nomes de destaque que prestarão depoimento estão o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o ex-ministro Paulo Guedes, e os senadores Hamilton Mourão (Republicanos-RS), Ciro Nogueira (PP-PI) e Rogério Marinho (PL-RN), todos com atuação relevante durante o governo Bolsonaro.
