Ministério Público pede autuação de Marcos Braz por lesão corporal após briga com torcedor em shopping

18 de Outubro 2023 - 12h43
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O MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) pediu na última terça-feira (17) que o vice-presidente de futebol do Flamengo, Marcos Braz, seja autuado por lesão corporal após brigar com um torcedor da equipe rubro-negra em um shopping do Rio de Janeiro, em 19 de setembro.

Além de Braz, que é vereador no Rio, o MP também pede o indiciamento de Carlos André da Silva, outro presente na cena, por lesão corporal.

"O Ministério Público requer a retificação da autuação do presente processo, devendo constar Marcos Teixeira Braz e Carlos André Simões da Silva como autores do delito de lesão corporal, previsto no art. 129 do Código Penal e vítima Leandro Gonçalves Junior, ressaltando que há representação da vítima em face dos autores", escreveu o promotor Márcio Almeida Ribeiro da Silva, em documento obtido pela reportagem da ESPN.

De acordo com relato do Ministério Público, que se baseou nas imagens das câmeras de segurança, nos exames de corpo de delito e nos depoimentos feitos à polícia, o dirigente rubro-negro "desferiu golpe" e depois "mordeu" Gonçalves.

"Simultaneamente, é possível notar a prática de chutes por parte do senhor Carlos André da Silva contra a cabeça e corpo do senhor Leandro Gonçalves e, logo em seguida, enquanto o ofendido ainda estava caído ao solo, o senhor Marcos Braz desfere chutes e soco contra a vítima Leandro. As agressões somente cessaram em razão da intervenção dos seguranças do shopping", acrescentou.

No documento, o promotor também pede que Leandro Campos Gonçalves, o torcedor que foi às vias de fato com Braz, seja absolvido no caso, já que "não houve elementos para comprovar as agressões" contra o dirigente flamenguista.

O MP ainda diz que não há relatos de testemunhas imparciais que comprovem que Gonçalves tenha ameaçado Braz ou incitado a briga.

"Os termos de declarações de Marcos e Carlos distoam da realidade dos fatos revelados pela análise das imagens, tornando suas versões frágeis a respaldar a pretendida justificativa para suas condutas", apontou a promotoria.

Vale lembrar que, em entrevista coletiva um dia depois da briga, Marcos Braz justificou a briga dizendo que recebeu ameaças de morte e que sua filha de 14 anos foi ofendida.

A defesa de Marcos Braz trata o assunto como 'muita coisa a ser apurada' e respeita o encaminhamento feito pelo MP. No entanto, Braz disse que as bases analisas foram somente comimagens, sem áudio e sem ouvir uma testemunha.

Com informações de ESPN