Milei dobra a aposta e chama Lula de comunista e corrupto

09 de Novembro 2023 - 10h23
Créditos:

Javier Milei (foto) voltou a esticar a corda com o governo brasileiro. Em entrevista na última terça-feira, 7, ao jornalista peruano Jaime Bayly, o candidato à presidência da Argentina pela chapa La Libertad Avanza disse que, se eleito, cortará as relações diplomáticas entre Buenos Aires e Brasília, sem manter diálogo com Lula.

“Lula”, questiona o entrevistador — e Milei responde com “um comunista”.

“Um comunista e um grande corrupto, não?”, insinua Bayly. “Óbvio, por isso esteve preso”, continua o candidato libertário.

Quando questionado se, ao romper relações com seu segundo maior parceiro comercial, Buenos Aires poderia se apequenar ainda mais no cenário internacional, o candidato desconversou. “Os indivíduos poderão fazer transações comerciais com quem quiser, porque é sobre isso. Mas da minha posição de chefe de Estado, só me reunirei com Estados Unidos, Israel e o mundo livre.”

A ameaça (real ou não) de Javier Milei já vem há pelo menos dois meses: em setembro, ele já havia indicado que não faria negócios com Brasília.

“Não vou fazer negócios com nenhum comunista. Eu sou um defensor da liberdade, da paz e da democracia. Os comunistas não entram aí. Os chineses não entram aí. Putin não entra aí. Lula, digamos, não entra aí”, disse Milei ao apresentador americano Tucker Carlson, implicando também o maior parceiro comercial do país hoje, Pequim. “Queremos ser o farol moral do continente. Queremos ser os defensores da liberdade, da democracia, da diversidade, da paz. Então, nós do Estado não vamos promover nenhum tipo de ação com comunistas nem socialistas”, acrescentou.

Na mesma entrevista a Jaime Bayly, ele acusou (sem provas) a eleição argentina de ter sido fraudada no primeiro turno, vencido por Sergio Massa.

Com informações da Crusoé