
O ministro Marco Aurélio Mello, do STF, informou hoje que levará ao plenário da corte o recurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para evitar o depoimento presencial no inquérito sobre suposta interferência na Polícia Federal - que rendeu a saída de Sergio Moro do governo - e que, com isso, terá que adiar a oitiva, marcada inicialmente para os dias 21, 22 e 23 deste mês.
"Como não sou adepto da autofagia não vou apreciar o ato do meu colega", disse o ministro à Reuters. "Como ombreamos, não ficamos naquela luta de gato e rato e levamos a questão ao pleno."
Pedido feito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, para que o presidente pudesse optar por depor por escrito no inquérito foi negado pelo relator do caso no Supremo, ministro Celso de Mello. No entanto, ele está em licença médica e impedido de decidir sobre o recurso, apresentado na quarta pela AGU (Advocacia-Geral da União).
Segundo a assessoria do STF, a responsabilidade recai sobre Marco Aurélio, por ser o segundo mais antigo, depois de Celso.
Com informações da Reuters