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O empresário Marcelo Alecrim, presidente executivo do Conselho de Administração da ALE, faz um duro relato sobre a realidade de quem deseja empreender no país. Em artigo publicado neste domingo (12) na Tribuna do Norte, ele diz que "ser empresário no Brasil é percorrer um longo calvário".
"Infelizmente, os nossos governantes e os nossos representantes ainda não despertaram para a necessidade de motivar o empresariado nacional. Temas como a reforma da Previdência não são suficientes para reacender o entusiasmo dos setores produtivos", disse.
Segundo Alecrim, "a cada estação, surge uma imposição do Estado, como papelório burocrático, uma das maiores cargas tributárias do planeta, altas taxas de juros, dificuldades de obtenção de crédito, ou questões como precária capacitação profissional e falta de segurança jurídica para a aplicação de uma política de investimentos".
O empresário lembrou que, "não à toa, o Brasil ficou, pela primeira vez em 21 anos, fora da lista dos 25 melhores países para investir, segundo a consultoria norte-americana A.T. Kearney, que fez uma pesquisa junto a 500 executivos seniores das principais corporações do mundo".
Para Marcelo Alecrim, "o excesso de burocracia reduz a competitivdade das indústrias em 92%, segundo a CNI. A carga tributária e o déficit de infraestrutura também emergem no topo do ranking". É necessário "uma reforma que reúna cinco ou seis impostos em um único valor agregado, o que trará mais simplicidade, apesar de ainda ser pouco. O presidente e sua equipe econômica precisam lançar um olhar mais crítico sobre esse calvário. É a única maneira de tornar o país mais receptivo para os que geram riqueza e emprego".
