Mais de 260 novos casos de câncer bucal serão registrados até o fim de 2023 no RN

08 de Novembro 2023 - 12h24
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O câncer bucal está entre os 10 tipos de neoplasias mais comuns no Brasil. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2023, foram registrados mais de 15 mil diagnósticos da doença no país, sendo 10.900 em homens e 4.200 em mulheres. No RN, ainda de acordo o órgão, estão estimados cerca de 260 novos casos no Estado e 70 apenas na capital até o fim deste ano.

De acordo com Ana Luísa Nolasco, cirurgiã-dentista da Hapvida Interodonto, o câncer bucal é um tumor maligno que afeta lábios, gengiva, bochecha, palato e língua. “Os sintomas se manifestam de várias formas, a exemplo de lesões na cavidade oral ou nos lábios, sem cicatrização por mais de 15 dias, podendo apresentar agravamento e sangramento, manchas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, no céu da boca ou nas bochechas, além de nódulos na região do pescoço e rouquidão persistente”, explica.

A profissional destaca que, em casos mais avançados, o paciente pode apresentar dificuldade na mastigação, na deglutição e na fala, além da sensação de algo preso na garganta e problemas na movimentação da língua.

Ainda de acordo com Ana Luísa, dentre os principais fatores que aumentam o risco de desenvolvimento do tumor, estão a exposição excessiva ao sol, o álcool, o fumo e a higiene bucal inadequada.

A prevenção deve ser iniciada no autoexame para detectar possíveis alterações e em seguida realizar a investigação clínica com o profissional especializado. “Realize o autoexame na frente do espelho para visualizar melhor e observar o palato, a língua, a gengiva, os lábios e o assoalho bucal, além da área do pescoço, podendo identificar mudanças na coloração, manchas, feridas e nódulos”, detalha.

A cirurgiã-dentista alerta que o maior desafio no combate à doença é justamente a desinformação. Por isso, ressalta a importância de intensificar a campanha da Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal, instituída pela Lei 13.230/2015, realizada sempre na primeira semana de novembro. 

“O diagnóstico precoce é importante para que se tenha uma maior chance de cura e aumento de qualidade de vida e de sobrevida dos pacientes”, finaliza a profissional.