Saímos da ditadura militar para a ditadura Ministério Público, diz Arthur Lira

18 de Março 2021 - 12h58
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O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), fez nesta quinta-feira (18) diversas críticas à Operação Lava Jato e à atuação do Ministério Público.

“Penso que saímos de uma ditadura militar para uma ditadura do Ministério Público. Isso precisa ser revisto urgentemente para que ele continue cumprindo seu papel constitucional de defesa do cidadão”, disse.

O parlamentar tem um processo no Supremo Tribunal Federal (STF) no qual pode virar réu a qualquer momento. Para isso, é preiciso que o ministro Dias Toffoli libere o caso.

As declarações foram feitas em transmissão realizada pelo site especializado na cobertura do Judiciário ConJur.

Lira citou como possível medida para conter o Ministério Público “um controle mais rígido do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público)”. Ele citou ainda a criação de um período de “quarentena” para que um membro do Judiciário ou do Ministério Público entre na política.

“Um sistema jurídico mais democrático, mais amplo, que defenda mais a sociedade, ele não pode criar braços longos, que abracem mais do que deviam e cuidem de mais do que necessário”, disse.

Ele mencionou Deltan Dallagnol, procurador que coordenou a Lava Jato em Curitiba. Lira declarou que caso fosse possível utilizar provas obtidas ilegalmente para condenar alguém, não saberia dizer “o tamanho da pena” que Dallagnol deveria cumprir.

O deputado refere às conversas de procuradores da Lava Jato divulgadas pelo site The Intercept Brasil.

Fonte: Poder 360