Lançamento do PAC derruba ações da Petrobras e leva bolsa para o negativo

11 de Agosto 2023 - 12h50
Créditos:

Em meio a preocupações com um possível desabastecimento de combustível com a adoção de uma política de preços pouco transparente, o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, confirmou hoje que a estatal está selecionando 47 projetos para a reedição do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).

O programa, que teve seu início em 2005, sob os cuidados de Dilma Rousseff, que assumira o lugar de José Dirceu na Casa Civil – afastado por denúncias sobre o mensalão, foi relançado nesta sexta-feira pelo presidente Lula.  Na ocasião, Prates afirmou que o investimento total da petroleira deve ultrapassar R$ 300 bilhões.

A ideia é uma reedição da política desastrosa adotada pela mãe do PAC quando ocupava a Presidência da República. Naqueles anos, a petroleira nacional se tornou a empresa mais endividada do mundo e passou a registrar prejuízo.

Coincidentemente, o plano atual envolve investimentos em refinarias: com ampliação de capacidade da Abreu e Lima e melhorias (RNEST) e melhorias para Paulínia (Repla) e Alberto Pasqualini (Refap). Também rensacem os investimentos em estaleiros para a construção de 25 navios, segundo Prates. O setor estava desaquecido desde que a Lava Jato encontrou desvios de recursos e pagamentos de propinas entre políticos e diretores da estatal.

A novidade fica por conta dos gastos voltados à exploração de nove poços na Margem Equatorial, região que está no centro de uma disputa interna no governo porque envolve a perfuração exploratória na foz do rio Amazonas.

A notícia foi mal recebida pelos investidores. As ações da empresa que chegaram a apresentar alta de cerca 1,7% na máxima do dia, inverteram o sentido e passaram a ser negociadas em queda de quase 1% nas horas seguintes. O Ibovespa seguiu a estatal e saiu de uma alta de 0, 58% para uma queda de 0,71%.

Talvez tenha sido o cheiro de um derivado de petróleo específico: a naftalina.

Com informações do O Antagonista