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A apresentadora Juliana Veiga conseguiu mais uma vitória sobre a ESPN Brasil na Justiça. Depois de ganhar ação trabalhista, ela teve o indenização por dano moral triplicado em segunda instância após apresentar uma frase do colega Alê Oliveira para provar que foi constrangida enquanto trabalhava na emissora.
Na 74ª Vara do Trabalho de São Paulo, o resultado da ação foi de R$ 10 mil para R$ 30 mil. A decisão saiu em dezembro, e dois fatores foram considerados para o aumento.
Um deles foi o conteúdo apresentado como evidência de constrangimento, incluindo uma fala do comentarista Alê Oliveira durante um "Bate-Bola Debate" em 2016.
Segundo os documentos processuais, Jorge Nicola perguntou para Alê Oliveira se ele estava feliz com o retorno de Juliana. Ele respondeu que mais tarde "faria uma homenagem para ela". A defesa da apresentadora alegou que se tratava de uma menção velada à masturbação.
O outro foi o salário no valor de R$ 10,9 mil que Juliana ganhava, de acordo com os autos. Para a desembargadora e relatora do caso, Maria de Fátima da Silva, não se pode condenar moralmente uma empresa por um valor abaixo dos ganhos de quem está movendo a ação
"Logo, restou demonstrada a situação vexatória pela qual passou a reclamante. Por outro lado, considerando o poder diretivo do empregador, sua a obrigação de fiscalizar o ambiente de trabalho, inclusive quanto às relações entre seus subordinados, a fim de evitar situações humilhantes e constrangedoras", disse a relatora.
No último mês de maio, a Justiça do Trabalho já havia dado ganho de causa a Juliana em ação trabalhista contra a ESPN, que teve ordenado o pagamento de R$ 100 mil como compensação a perdas por falta de direitos, 13º salário, como férias, adicional noturno e horas extras;
A Disney ainda pode recorrer em esferas maiores da Justiça brasileira.
Fonte: UOL
