Indústria reforça urgência das reformas tributária e administrativa

04 de Fevereiro 2021 - 09h32

Em meio ao debate sobre as medidas necessárias para o Brasil enfrentar a pandemia do novo coronavírus e voltar a crescer, representantes do setor produtivo participaram da abertura do seminário RedIndústria, organizado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). Destaque para a urgência das reformas tributária e administrativa, da aprovação dos novos marcos ferroviário, do setor elétrico e da nova lei do gás. Os debates serão realizados até quarta-feira (3) e vão definir a Agenda Legislativa da Indústria a ser apresentada para o Congresso Nacional em março.

 

O ex-senador e ex-presidente da CNI, Armando Monteiro, definiu a Agenda Legislativa da Indústria como um exercício maduro do diálogo entre o setor produtivo e o Congresso Nacional. “Essa não é uma agenda corporativa. É uma agenda de desenvolvimento do Brasil”, comentou Armando Monteiro.

 

Ele destacou a importância de o país ampliar o esforço para promover a vacinação de uma parcela representativa da população para retomar o crescimento. Armando Monteiro defende que as reformas tributária e administrativa caminhem juntas como prioridades para, por um lado, reduzir os gastos da máquina pública e, de outro, atrair mais investimentos para o Brasil.

 

“Não podemos demonizar o servidor público. Ao contrário, é preciso valorizar o servidor competente, criar um regime jurídico novo, eliminar privilégios, criar instrumentos de avaliação de desempenho e restringir o mecanismo da estabilidade. O estado deve ser um organismo que promove a distribuição de renda, não concentra. Para ampliarmos os programas sociais para quem mais precisa sem desiquilibrar as contas públicas, temos de conter os gastos com o funcionalismo”, comentou.

 

Desde 2015, quando o Brasil começou o processo de ajuste fiscal, as despesas do governo federal caíram 1,1% e as despesas com o pessoal cresceram 8% em termo real.