Herdeiro renegado da Caloi: 'Vou ter o que me cabe, nem que leve 100 anos'

25 de Dezembro 2020 - 04h40
Créditos:

Já que nenhum dos sete irmãos do assistente financeiro Fábio Milantoni Caloi fez a gentileza de, ao longo dos anos, lhe puxar uma cadeira e oferecer um café, ele decidiu assumir sem reservas o papel que todos lhe atribuíam — o de pedra no sapato. 

"Quero o que me cabe. Não vou desistir. Nem que eu leve 100 anos. O que eles [os irmãos] fizeram, ignorar uma pessoa, abandonar mesmo, tipo 'quero você distante', sem nem conversar, isso não se faz", diz Fábio, 41. 

Ele se refere à parte que, no seu entender, lhe é devida do patrimônio da empresa familiar que seu pai, Bruno Antônio Caloi (BAC), assumiu em 1955, fez prosperar e transformou em uma gigante. No auge, depois de inaugurar uma fábrica na Zona Franca de Manaus, vendiam-se 2 milhões de unidades por ano.

Morto em 2006, BAC reconhecia oficialmente duas famílias; em São Paulo, com Iracy Ambrósio Caloi, teve cinco filhos —- Bruno Júnior (Tito), Ricardo, Mara Hilda, Marília Amélia e Maricy; no Rio, com Leila de Castro, teve duas meninas: Bruna e Giselle. Bruno Caloi e Iracy nunca se divorciaram. As duas mães de seus filhos já morreram.

Fábio é tido como um "filho fora do casamento". Sua mãe, morta em abril aos 75 anos, era a secretária Eunice Milantoni, que trabalhava na Caloi e engravidou de BAC em 1978.

Fonte: Uol