Hacker queria vender mensagens de Moro para o PT, diz advogado do suspeito

24 de julho 2019 - 19h04
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O objetivo dos hackers que invadiram os celulares do ministro Sérgio Moro e dos procuradores da Lava Jato era vender o conteúdo ao PT. A informação foi dita pelo advogado de Gustavo Elias Santos, 28, o DJ preso em Araraquara, como um dos suspeitos pelo crime. 

"Ele [Santos] disse que a intenção dele [Delgatti] era vender essas informações para o PT. Ele [Santos] confirma que o Walter mandou mensagens pra ele, mandou inclusive parte da interceptação telefônica do juiz Sérgio Moro e a intenção, segundo ele, meu cliente, ele dá conta de que o Walter disse a ele que a intenção era vender essas informações para o Partido dos Trabalhadores", disse o advogado Ariovaldo Moreira.

Ainda de acordo com ele, Gustavo Santos não sabe dizer se o negócio com o PT se concretizou. "Meu cliente não tem essa informação, a única coisa que meu cliente narrou é que Walter disse pra ele a intenção de vender isso ao Partido dos Trabalhadores. Se ele vendeu, se ele não vendeu, se ele entregou esse material gratuitamente pra alguém isso nós não sabemos", disse.

O advogado disse ainda que Gustavo não sabe se o material foi negociado. Além dele, também foram presos Walter Delgatti Neto, de quem era amigo, além da sua mulher Suelen Oliveira, e Danilo Marques.