Créditos:
O presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias do Rio Grande do Norte (FTI-RN), Marcones Marinho da Silva, acredita que falta uma política de desenvolvimento econômico no Estado. Nos últimos 10 anos, o RN perdeu 4,6 mil postos de trabalho apenas no setor têxtil.
"Falta uma política de desenvolvimento econômico no Rio Grande do Norte não somente para os setores têxtil e de confecções. A alpargatas, por exemplo, saiu do Estado. Nos últimos anos, há uma verdadeira fuga de empresas. A gente entende que a política para o desenvolvimento da indústria local falha", disse em entrevista a Tribuna do Norte neste domingo (30).
Marcones cita que a Paraíba modificou o sistema de concessão de benefícios fiscais e conseguiu atrair mais empresas. A Coteminas, por exemplo, reduziu bastante sua atuação no RN para ampliar no estado vizinho nos últimos anos.
O presidente da FTI cobrou ainda uma modificação no Programa de Apoio ao Desenvolvimento Industrial do RN (Proadi). "O Proadi, com base no que a gente escuta, funciona mais como uma questão política. Nem todas as empresas que conseguem obtê-lo oferecem contrapartidas em forma de mais empregos. Há uma reclamação em relação a isso. A gente lamenta que seja dessa forma", afirmou.
Leia mais:
Crise na indústria potiguar: Alpargatas encerra atividades no RN
Indústria têxtil do RN perde 4,6 mil vagas de trabalho em 10 anos
