Guedes: Maia e governadores tinham plano de impeachment contra Bolsonaro

19 de Dezembro 2020 - 04h22
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Em entrevista à revista "Veja", o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que havia um plano de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) organizado por governadores, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), e outros, e que a demissão de Abraham Weintraub, ex-ministro do MEC, foi um sinal para "pacificar" as relações.

"Houve, sim, um movimento para desestabilizar o governo. Não é mais ou menos, não. Tinha cronograma. Em sessenta dias iriam fazer o impeachment. Tinha gente da Justiça, tinha o Rodrigo Maia, tinha governadores envolvidos. O Doria ligou para mim e disse assim: 'Paulo, é a chance de salvar a sua biografia. Esse governo não vai durar mais de sessenta dias. Faz um favor? Se salva'", disse o ministro.

Guedes conta que na sequência dessa conversa ligou para os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) para entender o que estava acontecendo.

"Conseguimos desmontar o conflito ouvindo cada um deles. O ministro Gilmar Mendes, por exemplo, sugeriu que o governo deveria dar um sinal, caso estivesse realmente interessado em pacificar as relações. A demissão do Weintraub foi uma sinalização", afirmou o ministro, citando conversas também com Luís Roberto Barroso e Luiz Fux.

Fonte: Uol