Governo tenta barrar transferência compulsória de empregados da Petrobras no RN

18 de Novembro 2019 - 14h37
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Com o intuito de debater a situação dos empregados da Petrobras no Rio Grande do Norte, o governador em exercício, Antenor Roberto, reuniu-se na manhã desta segunda-feira, 18, com o representante da Associação dos Engenheiros da Petrobras – AEPET, João Rocha, e com integrantes da Diretoria do SINDIPETRO-RN. O encontro atendeu a um apelo feito pela procuradora do Trabalho, Ileana Neiva, e pela deputada federal Natália Bonavides, que também participaram da agenda.

O RN é o maior produtor de petróleo em terra do país e o Governo do RN tem reunido esforços para manter e ampliar a permanência das atividades da Petrobras no Estado. A governadora Fátima Bezerra se reuniu no primeiro semestre com o presidente da companhia, Roberto Castello Branco, e tem ido em busca de uma nova audiência com para tratar da importância da empresa para o Estado.  A governadora pretende levar representantes da bancada federal, classes trabalhadora e empresarial e entidades da sociedade civil para participarem da audiência.

No último dia 28 de outubro, o SINDIPETRO-RN apresentou denúncia ao Ministério Público do Trabalho (MPT-RN) para tentar barrar transferências compulsórias de empregados impostas pela Petrobras. Devido ao novo plano estratégico, recentemente divulgado pela empresa, com foco no desenvolvimento de atividades na região Sudeste, tem-se a iminência do encerramento das atividades da companhia aqui no RN e em outros estados do Nordeste.

Diante deste impasse, o Ministério Público Trabalho, por meio da procuradora Ileana Neiva, quer apurar se as transferências estão dentro do poder diretivo da empresa ou se ele está sendo extrapolado. Considerando os aspectos políticos e as repercussões para a sociedade norte-rio-grandense, a deputada federal Natália Bonavides deverá levar a discussão do tema para a Câmara dos Deputados.

De acordo com o SINDIPETRO-RN, a retração de investimentos da Petrobras nas atividades de exploração e produção, nos últimos anos, já provocou a perda de mais de uma dezena de milhares de empregos diretos e indiretos no RN. Além do impacto na cadeia produtiva de óleo e gás, outros segmentos, como os da hotelaria, alimentação e transporte, foram e estão sendo duramente afetados.

O Governo do Estado se soma às preocupações manifestadas pelos trabalhadores, solidarizando-se com os seus pleitos, ao mesmo tempo em que se opõe aos movimentos de encerramento das atividades que vêm sendo adotados da companhia, em território potiguar e em outros estados do Nordeste. A Petrobrás é patrimônio do povo brasileiro e constitui um importante instrumento de fomento ao desenvolvimento econômico e de redução das desigualdades regionais.