Financiados por empresários e fundação do PSL, fóruns conservadores se espalham

14 de Outubro 2019 - 06h35
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Um ano após a eleição, simpósios e conferências se espalharam, do Sul ao Norte do país, com a missão de disseminar o pensamento intelectual conservador defendido pela parcela mais aguerrida do eleitorado de Jair Bolsonaro . O porte desses eventos é diverso, com custos entre R$ 25 mil e quase R$ 1 milhão, e um público que gira de 100 pessoas até três mil.

À exceção do CPAC Brasil , custeado no último fim de semana pela Fundação Índigo , ligada ao PSL, os demais eventos mapeados pelo GLOBO são bancados por empresários da região onde se realizarão, por vezes ajudados pela cobrança de taxa de inscrição ao público.

Os objetivos, em geral, são popularizar e tornar mais acessíveis teses, conceitos acadêmicos e informações sobre o conservadorismo. O III Simpósio Nacional Conservador , realizado em Ribeirão Preto (SP) no começo do mês, por exemplo, queria transformar a cidade no polo do pensamento conservador no país. Menos pretensioso, o 1º Simpósio Conservador de Belo Horizonte (MG), em setembro, teve o objetivo de “disseminar o pensamento conservador e os valores judaico-cristãos”. No Nordeste, principal reduto da esquerda no Brasil após as eleições de 2018, a ideia é apresentar, em novembro, as ideias conservadoras para uma população que, na visão de seus organizadores, é “culturalmente” conservadora.