Fecomércio fala em risco para empregos sem pagamento do 13º no RN: “desastroso”

10 de Dezembro 2019 - 12h34
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A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do RN (Fecomércio RN) externou nesta terça, 10, sua preocupação caso o pagamento do 13º salário dos servidores estaduais não seja efetivamente feito esse ano. Segundo a federação, o não pagamento seria “desastroso para o comércio”.

O Governo do Estado teme que os recursos do leilão da Cessão Onerosa (excedente do volume de petróleo e gás que a União cedeu à Petrobras) só cheguem ao Rio Grande do Norte no dia 30 de dezembro, último dia de expediente bancário de 2019. Esse dinheiro será usado pelo governo para pagar o 13º de 2019.

Caso aconteça essa demora, há grande possibilidade de o pagamento só ser feito no primeiro dia de expediente bancário de 2020.

O presidente da Fecomércio, Marcelo Queiroz, destacou que a economia potiguar tem no comércio e nos serviços um dos seus sustentáculos (os segmentos respondem por 70% dos empregos e 65% do PIB do estado) e ambos dependem fortemente dos recursos extras que circulam neste final de ano para manter abertos os mais de 300 mil postos de trabalho formal que geram.

“O pagamento do benefício em dia garantirá a circulação de mais de R$ 450 milhões na nossa economia e grande parte destes recursos irriga o comércio e os serviços, seja na forma do consumo direto seja com o pagamento de dívidas que reabilitam os consumidores ao crédito. Sozinha, a folha de pagamento dos servidores estaduais representa cerca de 28% da massa salarial paga no estado. Não ter estes recursos circulando neste final de ano seria desastroso para o comércio e para toda a nossa economia”, afirmou Queiroz.

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