Fátima mantém toque de recolher e diz buscar ajuda para classe produtiva do RN

11 de Março 2021 - 03h42
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Em post publicado nesta quarta-feira (10) nas redes sociais, a governadora Fátima Bezerra (PT) reafirmou a necessidade de se manter o toque de recolher das 20h às 6h da manhã até o próximo dia 17, conforme determina o decreto estadual que trata das medidas restritivas contra a Covid-19. A afirmou seu respeito pela classe produtiva do RN e disse buscar medidas para atender a esse setor.

“Estamos em busca de medidas financeiras para atenuar esse momento. Agora a dor maior aqui, repito, é a dor do povo que precisa de assistência na saúde em uma pandemia de grandes proporções e baixa cobertura vacinal”, escreveu Fátima.

O posicionamento da governadora se deu após a tentativa de conciliação entre Estado e Município de Natal em torno dos decretos que tratam das restrições contra a Covid-19. O encontro foi mediado pelo Tribunal de Justiça do RN.

Na audiência, o prefeito de Natal, Álvaro Dias, sugeriu que o toque de recolher fosse flexibilizado para a partir das 21h, mas a governadora não aceitou a ideia e a discussão travou nesse ponto.

“O debate não se trata de uma hora a mais ou a menos sobre o toque de recolher. O debate que se trata aqui é de cumprir com o nosso dever de preservar a vida do povo!”, acrescentou a governadora.

“No dia em que o Brasil declara o pacto nacional em defesa da vida e da dignidade humana, o Rio Grande do Norte proclama e reafirma o pacto em defesa da vida, para que possamos manter as medidas de proteção até o dia 17 e sigamos dialogando”, completou.

Leia o post na íntegra:

Nós estamos vivendo o pior momento da pandemia em todo o país. As novas cepas se tornaram mais perigosas, a mortalidade tem aumentado, atingindo jovens e até crianças.

No momento em que participamos desta audiência de conciliação entre Estado e Munícipios sobre o toque de recolher, tem mais pessoas nas filas aguardando por UTIs. É nesse contexto que se faz necessário esse esforço dessas medidas mais duras.

O debate não se trata de uma hora a mais ou a menos sobre o toque de recolher.

O debate que se trata aqui é de cumprir com o nosso dever de preservar a vida do povo!

A dor maior é a dor do povo, que precisa de assistência à saúde.

Eu tenho todo respeito pelas entidades produtivas do Estado, inclusive o setor de entretenimento, sei que estão sendo muito impactados, tanto é que o Governo tem empenhados esforços para encontrar formas de atendê-los.

Estamos em busca de medidas financeiras para atenuar esse momento. Agora a dor maior aqui, repito, é a dor do povo que precisa de assistência na saúde em uma pandemia de grandes proporções e baixa cobertura vacinal.

É isso que nos move. É o que me move na condição de governadora do Rio Grande do Norte. É olhar em primeiro lugar para a vida.

Quero, mais uma vez, deixar bem claro que o debate aqui não é sobre uma hora a menos no toque de recolher.

É nesse contexto que me associo ao que o Ministério Público proclama, da importância e necessidade dessas medidas mais restritivas.

Fica aqui novamente o meu apelo em prol da união e do diálogo, sempre pelo bem do povo potiguar.

Fica o apelo para que mantenhamos a vigência do decreto até o dia 17 e que continuemos com o diálogo permanente com os Poderes, Municípios e demais segmentos da sociedade.

No dia em que o Brasil declara o pacto nacional em defesa da vida e da dignidade humana, o Rio Grande do Norte proclama e reafirma o pacto em defesa da vida, para que possamos manter as medidas de proteção até o dia 17 e sigamos dialogando.