Esquadrão VF-1 da Marinha do Brasil realiza treinamento com jatos em Natal/RN

30 de Janeiro 2024 - 15h45
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Militares do Esquadrão de Interceptação e Ataque da Marinha do Brasil (VF-1) estão em Natal/RN, participando como meio aéreo do exercício Aspirantex 2024, com dois aviões A-4 “Skyhawk”, sendo um AF-1B (monoplace) e outro AF-1C (bipalce), N-1004 e N-1021, respectivamente.

O McDonnell Douglas A-4 “Skyhawk” foi desenvolvido como avião de ataque naval, capaz de operar de porta-aviões, atualmente, utilizado por forças armadas em nove países. Considerado um equipamento versátil de econômico, seu uso ainda se mostra viável, apesar de ser um projeto com mais de 70 anos.

Os equipamentos operados pela Marinha do Brasil (MB) foram comprados do Kuwait em 1998, quando 23 células foram adquiridas, sendo 20 monoplace (um assento) e três biplace (dois assentos). Esse número foi reduzido ao longo dos anos, como explicaremos a seguir. 

Para emprego operacional, a Marinha utiliza a nomenclatura AF, pois o A-4 é uma ferramenta de ataque (A) e interceptação (F). Ele foi adquirido para operar a partir de navios aeródromos, a exemplo do NA12 “São Paulo” e NAel11 “Minas Gerais”, mas com a desativação dos barcos, o VF-1 permaneceu na Base Aérea de São Pedro da Aldeia/RJ.

Em 2009, o Governo do Brasil fechou um contrato com a Embraer que garantiria a modernizaçao dos seus A-4, extendendo a vida operacional dos equipamentos até 2028, pelo menos. O projeto ficou conhecido como AF-1M e foi concluído apenas em 2022, com a entrega total de sete aeronaves modernizadas, de um pacote inicial de doze. O N-1004 que está em Natal foi a última célula modernizada do pacote.

Uma das melhorias, a dos sistema de armas, foi testada a partir da BANT, em 2015, utilizando  estande de tiros de Maxaranguape. Atualmente, o VF-1 é esquadrão maduro com aeronaves modernizadas e capaz de realizar sua missão na defesa de embarcaçoes e da tropa.

O A-4 mede cerca de 12,5 metros de comprimento, 8,4 m de envergadura e possui 4,6 m de altura, com pouca variação entre as versões monoplace e biplace. A propulsão fica por conta de uma turbina da Pratt & Whitney, modelo J52-P8-B, com alcance médio de 3.200 quilômetros, teto operacional em até 46.000 pés e velocidade máxima de 1.100 km/h, ou seja, subsônico.

Para armamento externo, o caça da Marinha conta com cinco “pontos duros”, sendo um ventral com capacidade para 1.588kg, dois subalares internos para 2.250 libras (1.021kg) e dois subalares externos para 454kg para bombas e mísseis, como o AIM-9 Sidewinder. De armamento interno, o aparelho dispões de dois canhões, modelo Mk.12 de 20 milímetros.

A novidade desta visita a Natal, em janeiro, foram os canhões expostos no AF-1 e o uso de pilones utilizados com bombas de treinamento. O blog pôde acompanhar um dia de operações do VF-1 a partir da BANT, como mostra as fotos a seguir.

 

Referências:

Marinha do Brasil

Agência de Notícias da Marinha