Espectadores de cinema ficam presos após funcionários esquecerem última sessão: “Rejeitados”

01 de Fevereiro 2024 - 06h02
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Por volta da meia-noite, aproximadamente 40 pessoas clamavam  por ajuda na Rua Voluntários da Pátria, em Botafogo, na Zona Sul do Rio de Janeiro. O grupo encontrava-se dentro do Estação Net Rio, um cinema local. Gritando aos transeuntes de um bar do outro lado da rua, tentavam explicar: “Estamos presos, esqueceram de destrancar a porta”. Essa situação se desenrolou por 30 minutos, transformando o que deveria ser um curta-metragem na prática em um tenso longa-metragem para aqueles que estavam dentro do estabelecimento.

"Naquele momento, a gente só queria liberdade", conta a aposentada Ruth Kauffmann, de 70 anos, que relatou a situação num depoimento publicado nesta quarta em O GLOBO. 

O primeiro indício de que algo estava errado veio junto com os créditos finais, quando habitualmente as luzes da sala se acendem. Naquela noite, coube aos espectadores procurarem a porta de saída no escuro. Alcançado o saguão — com a ajuda de lanternas de celulares —, outra surpresa: o cinema estava fechado. O passo seguinte foi acionar a polícia e os bombeiros e clamar por ajuda a quem passava.

O burburinho chegou ao Estação Net Botafogo, cinema gerenciado pelo mesmo grupo e localizado na mesma rua, a poucos metros de distância. Por coincidência, lá estavam os dois funcionários responsáveis pelo espaço. Quando souberam da situação, correram imediatamente para o endereço para libertar os “rejeitados” daquele filme não programado.

Ambos haviam fechado as portas do Estação Net Rio, acreditando que todas as projeções tinham sido devidamente finalizadas. Foi um erro inédito, “absurdo e surreal”, nas palavras de Adriana Rattes, sócia-fundadora do Grupo Estação.

"Foi terrível, e ninguém imaginou que isso poderia acontecer. Depois de 40 anos em atividade, se tivéssemos feito isso mais de uma vez, já não estaríamos funcionando agora", diz Adriana. 

A empresária pede que todos os espectadores que estiveram na tal sessão busquem contato com o cinema, pessoalmente ou via redes sociais.

A primeira medida foi afastar temporariamente os funcionários responsáveis pelo erro, mantendo o bom senso de não colocar em xeque o emprego de ninguém.

Com informações de O Globo