Com empregos do Pró-Sertão, cidade do Seridó do RN reduz Bolsa Família em 50%

31 de Janeiro 2020 - 04h42
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O município de São José do Seridó está no semiárido potiguar e possui hoje uma população estimada de 4.634 habitantes, segundo dados do IBGE. Sua economia se baseia principalmente na indústria têxtil, com as oficinas de costura impulsionadas pelo Pró-Sertão. São José do Seridó também é o município com menor vulnerabilidade social do Rio Grande do Norte e o 15° do Nordeste com esse índice.

Uma comitiva de empresários conferiu de perto, nesta quarta-feira (29), o sucesso do Pró-Sertão em São José do Seridó, especificamente a unidade de costura da Caatinga Grande, na zona rural. Estiveram presentes o diretor superintendente do Sebrae-RN, José Ferreira de Melo Neto, o secretário nacional do Trabalho e da Previdência, Rogério Marinho, o presidente da FIERN, Amaro Sales, e o empresário André Street, cofundador da Stone, startup de processamento de cartões, que está visitando o Rio Grande do Norte e conhecendo experiências exitosas de empreendedorismo.

O secretário de Assistência Social do município, Francisco Touché, destacou que o impacto do Pró-Sertão em São José do Seridó foi crescente. “É hoje o município do RN que menos precisa de bolsa família. Reduzimos pela metade o número de famílias dependentes do benefício, graças a geração de emprego. A inclusão produtiva é transformadora”, enfatizou Touché, citando a importância do Sistema S para estruturar a cadeia produtiva local.

O diretor do Sebrae-RN lembrou que o Sebrae apoia as oficinas de costura desde antes do Pró-Sertão e participou diretamente da gestação e execução do projeto de interiorização da indústria. “O Sebrae atua com a consultoria técnica, estimula o empreendedorismo, apoia na gestão, certificação e acesso a mercado”, explica Melo.

O Pró-Sertão representa hoje 3.720 empregos diretos gerados no Rio Grande do Norte, com 124 oficinas de costura distribuídas por 46 municípios. Para a parceira Guararapes, por exemplo, são produzidas 574 mil peças de vestuário por mês. Em 2020, o Pró-Sertão já conta com 94 oficinas de costura certificadas pela ABVTEX – Associação Brasileira do Varejo Têxtil.

No ano passado o Sebrae investiu 4.000 horas de consultorias Sebraetec, seja para melhoria do processo produtivo, licenciamento ambiental, saúde e segurança e Certificação ABVTEX. O Sebrae também ofereceu consultorias em gestão empresarial e viabilizou missões empresariais na Galícia, Blumenau-SC (Febratex) e Fortaleza-CE (Maquintex).

Durante a visita da comitiva, o empresário Janúncio Nóbrega, presidente da Associação Seridoense de Confecções – ASCONF, observou que “as fábricas do Seridó produzem da moda íntima ao boné, além de peças de jeans, sarja e malha”.

Para o Secretário Especial da Previdência e do Trabalho do Governo Federal, Rogério Marinho, “não há programa social mais importante que o emprego”. Marinho foi um dos idealizadores do Pró-Sertão, quando foi secretário de Desenvolvimento Econômico do Rio Grande do Norte. Ele enfatizou que São José do Seridó é um exemplo de como a indústria têxtil possibilitou uma cadeia de acontecimentos econômicos e um ciclo virtuoso do desenvolvimento. “Percebe-se que a cidade agora tem supermercado, restaurantes, mais automóveis, pessoas investindo na faculdade dos filhos. Tudo, graças a geração de emprego com as oficinas de costura”, exemplifica Rogério.

Agência Sebrae de Notícias