Em debate agressivo, Biden manda Trump calar a boca e cita devastação no Brasil

30 de Setembro 2020 - 02h52
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Faltando 35 dias para as eleições presidenciais dos Estados Unidos, Donald Trump e Joe Biden discutiram acaloradamente nesta terça-feira (29) no primeiro debate.

Falando muito, Trump quase não deu espaço para o adversário, interrompendo inclusive o moderador e tornando difícil a distribuição do tempo. O presidente foi o primeiro a ser questionado, tendo que responder por que indicou Amy Coney Barrett para a Suprema Corte a pouco mais de um mês para a eleição presidencial.

"Não fui eleito para três anos, fui eleito para quatro", justificou Trump, embora em 2016 seu próprio partido tenha barrado uma indicação de um juiz feita em março por Barack Obama - sob a alegação de que ela não poderia ser feita em ano de eleição presidencial.

Biden afirmou que a nomeação não deveria ser feita neste momento porque a eleição já está em andamento, uma vez que a votação por correio já foi iniciada em alguns estados.

Em determinado momento, Biden se irritou e chegou a pedir para que Trump se calasse para que ele pudesse falar: 'Você vai calar a boca, homem?'. Este, porém, não foi seu primeiro momento de irritação.

Quando ainda discutiam planos de saúde, Biden chegou a chamar o presidente de palhaço: "Tudo que ele está dizendo até agora é simplesmente mentira. Todo mundo sabe que ele é um mentiroso... você tem alguma ideia do que este palhaço está fazendo?"

Em uma última tentativa de ligar Biden à esquerda radical, Trump disse que o plano ambiental do democrata era o "Green New Deal", apoiado por políticos como Bernie Sanders, mas Biden respondeu que “Não apoio o Green New Deal. Apoio o plano Biden que apresentei.”

Ele citou ainda o Brasil: "As florestas tropicais no Brasil estão sendo destruídas", disse, e sugeriu "consequências econômicas" ao país caso este não cumpra com metas de preservação das florestas. As informações são do G1.