Dois dias após reaplicação do Enem, Bolsonaro demite presidente do Inep

26 de Fevereiro 2021 - 07h53
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O presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), Alexandre Lopes, foi exonerado do cargo. A portaria foi publicada pelo governo no Diário Oficial da União de hoje (26).

Até o momento, não foi anunciado o nome de quem o substituirá no cargo. Nesta semana, Lopes apresentou ao Conselho Nacional de Educação (CNE) o cronograma de trabalho do Inep para 2021, durante a reunião extraordinária pública.

Ontem (25), ele apresentou uma proposta de atualização da lei do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), com o objetivo de “iniciar um debate em torno do tema” para, posteriormente, se chegar “a uma minuta de projeto de lei que reúna os consensos em relação a possíveis avanços na legislação”.

Ele ocupava o cargo desde maio de 2019. Antes, foi diretor legislativo da Casa Civil da Presidência da República (entre janeiro e maio de 2019); subsecretário de Políticas Públicas da Secretaria de Estado da Casa Civil e Relações Institucionais e Sociais do Governo do Distrito Federal (de maio de 2016 a dezembro de 2018) e chefe de gabinete do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, (de abril a maio de 2016).

Bacharel em direito pela Universidade de Brasília (UnB), Lopes é engenheiro químico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

ENEM

A última aplicação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2020 terminou nesta quarta-feira (24) com um índice de abstenção de 72,2% no primeiro dia de provas e de 72,6% no segundo. As outras versões do Enem 2020, as provas impressa e digital, também tiveram alto número de faltas.

As provas eram uma "repescagem" para quem não pode fazer o exame na data regular. Quem teve Covid ou outra doença infectocontagiosa, ou enfrentou problemas de logística, como salas lotadas ou falta de energia, pode fazer um novo exame nesta terça (23) e quarta. Nas mesmas datas, foram feitas as provas do Enem PPL, para privados de liberdade.

Agência Brasil