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Uma das vítimas do facão que a Globo passou no Jornalismo nesta semana, a apresentadora Leila Sterenberg quebrou o silêncio sobre sua demissão depois de passar 25 anos na empresa. "Acho que me tornei uma profissional razoável", ironizou ela.
Em uma longa postagem em seu Instagram, a jornalista publicou uma foto no estúdio do Especial de Domingo, da GloboNews. "O resto da minha vida começou ontem, quando passei o crachá pela derradeira vez na catraca da emissora, no Jardim Botânico. Me emocionei com as inúmeras manifestações de carinho, nessa despedida, por parte de amigos, companheiros de trabalho e desconhecidos, que me escreveram por aqui e por outras redes", escreveu.
"Obrigada também a meus (agora ex) chefes e colegas, por terem proporcionado que eu fizesse tantas coisas nessas últimas décadas", continuou ela, que listou várias das reportagens que fez ao longo da carreira e ressaltou que até aprendeu alemão para a Copa do Mundo de 2006. "Fora que minha loucura por línguas seguiu adiante: aprendi italiano suficiente pra traduzir o Papa, e meu russo incipiente rendeu uma entrevistinha este ano."
"Acho que me tornei uma profissional razoável e fiz amigos maravilhosos, além de ter podido trabalhar com alguns do melhores jornalistas do nosso país. Muito orgulho. E vamos que vamos. Já estou inventando os próximos episódios dessa saga. Chag Pessach Sameach atrasado (que o mar se abra na minha travessia!) e Boa Páscoa (com o renascimento de que todos precisamos). Um abraço apertado a todos os que aqui me leem, com essa minha energia que 'nunca desliga'", finalizou, citando o slogan do canal.
Leila era uma das apresentadoras que estava há mais tempo no ar na GloboNews. Ela entrou na Globo em 1998, como apresentadora e editora do DF1, jornal local de Brasília. Antes, tinha passado pela revista Veja e pelo canal de notícias Bloomberg.
Dois anos depois, migrou para o canal de notícias do conglomerado de mídia, com passagens por programas como Sem Fronteiras, Clube dos Correspondentes, Conta Corrente, Milênio e Arquivo N. Mais recentemente, ela comandava o Especial de Domingo e substituía titulares na programação diária do canal pago.
Como âncora da GloboNews, participou de coberturas de grande repercussão, como o atentado ao World Trade Center, em Nova York, em 2001 --ela foi a primeira âncora a dar a informação na TV brasileira. Também fez uma reportagem premiada sobre o genocídio de povos que habitavam a atual Namíbia.
Poliglota, Leila ganhou destaque em pautas internacionais e por fazer tradução simultânea durante transmissões da GloboNews, como os debates com candidatos à Presidência dos Estados Unidos, em 2020.
Com informações do Notícias de TV
