Defensor da paridade, PT deve ter só uma mulher nas disputas estaduais

27 de Março 2022 - 04h58
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O PT, partido que deve lançar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como candidado à Presidência da República, foi a primeira legenda a adotar em suas instâncias decisórias a chamada paridade de gênero. No entanto, nas próximas eleições, com a política de aliança totalmente voltada para retornar ao Planalto, somente em um estado haverá uma mulher como cabeça de chapa disputando o governo de um estado.

Trata-se da governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, que tentará a reeleição. Nos demais estados brasileiros, até o momento, somente homens despontam na corrida petista pelos executivos estaduais.

Desde 2011, o partido adotou a regra da paridade como resolução do 4º Congresso. Essa regra vale para as instâncias internas da legenda, e se esperava que a sigla construísse lideranças femininas com expressão suficiente para encabeçar a política nos estados.

Para a secretária nacional de Mulheres do partido, Anne Moura, a motivação de derrotar o atual governo de Jair Bolsonaro, neste momento, é mais importante.

“Esta não é uma eleição qualquer, e nós estamos cientes de que a prioridade é eleger o ex-presidente Lula presidente da República. Então, não dá para apenas colocar mulheres disputando nos estados só porque são mulheres. Mas eu não acredito que estejamos alijadas, estamos dentro do debate e dentro dessa construção”, avalia Moura.

Fonte: Metrópoles