Créditos: Pedro França/Agência Senado
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) acionou a Justiça Federal de Brasília na madrugada deste sábado (3) com uma ação popular que tenta impedir a posse de Wolney Queiroz como novo ministro da Previdência Social. A parlamentar alega que a nomeação “ofende a moralidade administrativa”, já que Wolney, que era o número 2 da pasta, teria conhecimento prévio das irregularidades investigadas na Operação Sem Desconto, que apura fraudes bilionárias no INSS.
Damares sustenta que Wolney esteve diretamente envolvido na condução da pasta durante o período em que foram ignorados alertas de órgãos como o TCU, a CGU e a Polícia Federal sobre descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas, estimados em mais de R$ 6 bilhões. Segundo a senadora, manter Wolney à frente do ministério é perpetuar a "estrutura que foi condescendente com as irregularidades".
A senadora ainda afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cometeu “ato administrativo nulo” ao nomear alguém que teria sido omisso diante de denúncias tão graves. Para ela, a permanência de Wolney no comando da Previdência compromete a confiança da população e representa “superlativos prejuízos aos cofres públicos”.
A nomeação de Wolney Queiroz foi oficializada em edição extra do Diário Oficial da União na sexta-feira (2), com a exoneração de Carlos Lupi e a nomeação de Wolney, que já atuava como secretário-executivo da pasta desde o início do governo.
