
O MPF (Ministério Público Federal) afirmou à Justiça Federal que as provas reunidas pela PF (Polícia Federal) indicam que os supostos crimes praticados no MEC (Ministério da Educação) tiveram o respaldo do então chefe da pasta Milton Ribeiro, detido ontem pela corporação em operação que apura indícios de pagamento de propina e atuação de lobistas no processo de liberação de verbas a municípios.
"Com efeito, as provas colhidas e já documentadas apontam para a prática dos crimes de corrupção ativa, tráfico de influência, prevaricação e advocacia administrativa, todos em contexto de Organização Criminosa. Como bem apontado pela Autoridade Policial, os crimes ora investigados foram praticados no âmbito do Ministério da Educação, ao que tudo indica, com o respaldo do então Chefe da Pasta - Milton Ribeiro", afirmou a procuradora Carolina Martins Miranda de Oliveira em seu parecer.
No entanto, o órgão se manifestou contra a prisão preventiva do ex-ministro. Na avaliação da procuradoria, o ex-chefe da pasta, em vez de ser preso, deveria proibido de comparecer ao MEC ou ao FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), de deixar o país e ter contato com os pastores Gilmar Silva dos Santos e Arilton Moura Correa.
As mesmas medidas cautelares também foram defendidas contra Santos e Correa, de forma que eles fossem impedidos de ter contato com Ribeiro. Os dois foram detidos na mesma operação que prendeu preventivamente o ex-ministro.
Com informações do UOL