Cientistas revelam os alimentos prebióticos que mais estimulam bactérias boas no intestino

23 de julho 2023 - 05h20
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Consumir prebióticos, que são tipos de fibras encontradas em plantas que estimulam bactérias benéficas no intestino, pode ajudar a manter um microbioma intestinal saudável. Em um novo estudo, cientistas estimaram o conteúdo de prebióticos de milhares de tipos de alimentos usando literatura pré-existente para descobrir quais alimentos oferecem o maior teor de prebióticos.

De acordo com o trabalho, os alimentos que oferecem a maior quantidade de prebióticos são folhas de dente-de-leão, alcachofras de Jerusalém, alho, alho-poró e cebola.

Além de apoiar os micróbios intestinais, os alimentos ricos em prebióticos também contêm altas quantidades de fibras.

"Comer alimentos densos em prebióticos tem sido indicado por pesquisas anteriores como benéfico para a saúde", disse Cassandra Boyd, estudante de mestrado da Universidade Estadual de San José, que conduziu a pesquisa junto com o professor assistente John Gieng.

Segundo a autora, "adotar uma dieta que promova o bem-estar do microbioma ao consumir mais fibras pode ser mais alcançável e acessível do que você imagina".

Prebióticos, que podem ser considerados alimentos para o microbioma, são diferentes dos probióticos, que contêm microorganismos vivos. Ambos podem beneficiar potencialmente a saúde do microbioma, mas funcionam de maneiras diferentes.

Estudos têm relacionado um maior consumo de prebióticos com melhor regulação da glicose no sangue, melhor absorção de minerais como cálcio e indicadores de melhor função digestiva e imunológica.

Embora a maioria das diretrizes dietéticas atualmente não especifique uma dose diária indicada de prebióticos, a Associação Científica Internacional de Probióticos e Prebióticos  recomenda uma ingestão de 5 g por dia.

Outros alimentos ricos em prebióticos incluíam anéis de cebola, creme de cebola, feijão-caupi, aspargos e cereal Kellogg's All-Bran, cada um contendo cerca de 50 mg/g a 60 mg/g.

A pesquisadora pontua ainda que "diferentes formas de cebolas e alimentos relacionados aparecem em uma variedade de pratos, tanto como temperos quanto ingredientes principais".

"Esses alimentos são comumente consumidos pelos americanos e, portanto, seriam um alvo viável para aumentar o consumo de prebióticos", considera.

Com base nas descobertas da equipe, Cassandra concluiu que uma pessoa precisaria consumir aproximadamente metade de uma cebola pequena (120 g) para obter 5 g de prebióticos.

Produtos que contêm trigo ocupam uma posição mais baixa na lista. Alimentos com pouco ou nenhum conteúdo de prebióticos incluem produtos lácteos, ovos, óleos e carnes.

Os pesquisadores esperam que o estudo forneça uma base para ajudar outros cientistas a avaliar os impactos na saúde dos prebióticos e informar as futuras diretrizes dietéticas.

Eles ressaltam que mais pesquisas são necessárias para entender como o cozimento afeta o conteúdo de prebióticos e para avaliar melhor os alimentos que contêm múltiplos ingredientes.

Com informações de R7