China teme mosca e trava compra do melão potiguar

18 de Maio 2019 - 04h58
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A parceria econômica entre Brasil e China, que poderia render bons frutos ao Rio Grande do Norte a partir da exportação do melão, avançou pouco mesmo com a viagem da ministra Tereza Cristina e de uma comitiva potiguar para o país asiático. O empresário e presidente do Comitê Executivo da Fruticultura do Rio Grande do Norte (COEX-RN), Luiz Roberto Barcelos, conhecido como o Rei do Melão, que também participa da missao chinesa, disse que o resultado "não é tão animador" quanto o esperado.

"O resultado não é tão animador quanto gostaríamos que fosse, mas temos algumas notícias positivas para dar. O processo da liberação do melão está caminhando, a questão é técnica, não é política nem comercial. Há uma restrição com relação ao risco da mosca, eles estão com receio e querem medidas mitigatórias, e estamos mostrando que o melão não é hospedeiro. Mostramos também que outros países que exigem esse controle já recebem o nosso melão", disse Luiz Roberto.

Ainda de acordo com o empresário, ficaram acertados prazos e datas para que a China possa analisar a proposta e apresente uma resposta ao Brasil. O cronograma foi apontado por Barcelos como uma conquista para o setor. O encontro entre a comitiva brasileira liderada pela ministra e o governo chinês ocorreu na última quarta-feira (15) em Pequim.

"Se não foi o esperado, foi o melhor que pudemos fazer. Temos oportunidade enorme", disse a ministra ao fim do compromisso na China. A comitiva, que também conta com a participação do deputado federal Beto Rosado (PP), seguiu viagem para o Vietnã, onde ocorreria mais uma rodada de negociações.