Centro órfão

03 de Setembro 2019 - 06h51
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O Datafolha publicou pesquisa que mostra queda do Presidente Jair Bolsonaro.

Todas as pesquisas têm mostrado que Bolsonaro dissolve como Cebion solto n’água.

É preciso ir além dos números, como já ensinava Roberto de Oliveira Campos, pois eles escondem informações pr’além das aparências que anunciam.

O Atlas Político divulgou números recentemente que demonstram que os maiores perdedores com a polarização política são os centros, direita e esquerda.

O centro parece estar abandonando o governo, mas a base do Presidente tem se mostrado suficiente forte, coesa e engajada, e não dá sinais de que queira abandonar o navio bolsonarista.

O instituto mostra mais.

A esquerda e a centro-esquerda estão patinando. Nenhum de seus principais nomes – Ciro, Haddad ou Lula – consegue avançar.

O discurso dos três parece não seduzir o eleitor conservador ou moderado e, por isso, os níveis de aprovação e desaprovação deles permanecem estagnados.

Mesmo com a queda acentuada do Presidente, nenhum de seus potenciais adversários, seja qual for o campo político, têm muito a festejar.

O presidente da Câmara de Deputado, Rodrigo Maia, é rejeitado por 66% dos eleitores; João Dória, que já não era querido, viu sua imagem negativa saltar, entre julho e agosto, de 42% para 58%; Fernando Haddad, que disputou o segundo turno com Bolsonaro, não é benquisto por 58% do eleitorado; Lula, a esperança de onze entre dez simpatizantes da esquerda nociva, tem quase 58% de imagem negativa.

Haddad e Lula, ressalte-se, têm 26% e 34%, respectivamente, de imagem positiva, números que os aproximam do índice histórico (30%) que o PT carrega nos pleitos presidenciais.

O caminho até 2022 é longo e ainda nem começou.

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