Brasil precisa levar 'muito a sério' aumento de casos de covid-19, diz OMS

30 de Novembro 2020 - 14h15
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu, nesta segunda-feira (30), que o Brasil leve "muito a sério" os números crescentes de casos de covid-19. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, descreveu a situação como "muito, muito preocupante".

"O Brasil teve seu ápice em julho. O número de casos estava diminuindo, mas em novembro os números voltaram a subir. O Brasil precisa levar [isso] muito, muito a sério. É muito, muito preocupante", disse Tedros.

Depois de uma diminuição no ritmo da epidemia, com queda no número de mortos, o país vem enfrentando um novo aumento de casos e óbitos nas últimas semanas.

Na semana passada, o Brasil teve sua maior a taxa de contágio desde maio, de acordo com dados do Imperial College de Londres, no Reino Unido. A estimativa da instituição era de que cada 100 pessoas contaminadas contagiava, em média, outras 130.

O país tem o segundo maior número de mortos pela covid-19 em todo o mundo, ficando atrás somente dos Estados Unidos. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 6,3 milhões de pessoas já foram infectadas e cerca de 173 mil morreram devido a infecção por novo coronavírus no território brasileiro.

O diretor também fez um apelo para que seja evitada, em todo mundo, a realização de festejos de fim de ano número alto de pessoas. "É recomendável comemorar em casa, evitar reuniões com pessoas de fora, e se houver encontros, essas pessoas devem estar, de preferência, no exterior [das casas], com distância física e usando uma máscara", afirmou.

"Todos temos que nos perguntar se, nestas circunstâncias, é preciso viajar, se é realmente necessário, pois [este] é o momento de ficar em casa e seguro", continuou.

Tedros admitiu temer que as festas de final de ano sejam fator de produção de uma nova onda de covid-19 pelo mundo, visto que não há garantia de vacinação em massa até lá.

Ele recomendou, ainda, que as pessoas evitem "os shoppings, se houver muita gente neles", pedindo que frequentes esses lugares em horários de menor movimento e que deem preferência ao comércio eletrônico.

Fontes: Deutsche Welle e Terra