Bloomberg: Na Venezuela, vacina só para os apoiadores de Maduro

17 de Abril 2021 - 07h47
Créditos:

A Venezuela está excluindo oponentes do governo de Nicolas Maduro da vacinação contra covid-19. Segundo noticiou a Bloomberg, o país estaria restringindo as doses para pessoas que possuem "cartão de fidelidade do estado".

Na semana passada, quando o país iniciou a vacinação de idosos, começaram a ser selecionados beneficiários deste registro, usado pelo governo para controlar a lealdade dos eleitores e conceder benefícios estatais. Apesar de todos os venezuelanos possuírem uma carteira de identidade nacional, nem todos possuem o documento conhecido como Carnet de la Patria. Conforme a reportagem da Bloomberg, o cartão só é concedido a quem precisa de ajuda estatal e que, por isso, tem maior probabilidade de ser leal ao governo.

Especialistas, ONGs e a oposição criticaram a decisão, já que a estimativa de 20 milhões de beneficiários não cobre toda a população, que é de 28 milhões. O correto, segundo eles, seria partir de um registro que inclua 100% da população venezuelana, porque usar este sistema para conduzir a vacinação seria discriminatório.

Conforme a reportagem, o Ministério da Saúde da Venezuela não respondeu aos questionamentos encaminhados. 

Fonte: Uol