
Além de pedir na Justiça que a União e a Codern sejam obrigadas a comprar um escâner de contêineres para o Porto de Natal, O Ministério Público Federal afirmou que a ausência do equipamento facilita “o fortalecimento de organizações criminosas, aumenta a insegurança e permite o recrudescimento de diversos outros crimes, como roubos e homicídios vinculados a disputas de pontos de drogas por facções criminosas.”
Além de questões de segurança, a falha estrutural no Porto de Natal causa prejuízos à economia potiguar, que tem grande volume de exportação de produtos agrícolas, sobretudo para a Europa. Conforme dados do Ministério da Economia, desde de 2016 o RN é o maior exportador de melão do país, foram 163 mil toneladas da fruta em 2017. No entanto, segundo a própria Codern, com o sucateamento e a falta de recursos da companhia, o porto tem sofrido sanções pelo descumprimento de requisitos dos órgãos fiscalizadores e a não obtenção de licenças e certificações.
A ACP relata que, “em decorrência disso, o Porto de Natal vem sofrendo um decréscimo nas suas atividades portuárias e a carga, advinda de produtos do próprio estado, tem migrado para os portos dos estados vizinhos, ocasionando perdas para o RN em empregos e divisas.” Em ofício, a governadora Fátima Bezerra reiterou a gravidade da situação: “devo ressaltar que a inexistência de escâner na estrutura portuária já trouxe diversas consequências negativas à economia potiguar (…) é inaceitável que o Estado do Rio Grande do Norte deixe de contar com esse importante equipamento no Porto de Natal”, afirmou.