Atriz global que morreu com Covid-19 foi uma das pioneiras da TV no Brasil

20 de Dezembro 2020 - 10h51
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A atriz Nicette Bruno, que faleceu neste domingo (20), nasceu em 7 de janeiro de 1933 em Niterói, no Rio de Janeiro. Começou a carreira artística ainda criança anos na Rádio Guanabara no programa infantil de Alberto Manes. Ainda na infância começou a estudar piano.

"Estudei até o segundo clássico, e não cheguei a me formar. A única formação que eu tenho é a de piano, no Conservatório Nacional, além de sempre me dedicar ao estudo do teatro. Na rádio, comecei, aos 4 anos, as minhas primeiras demonstrações, declamando, cantando", disse ela para o site Memória Globo.

A vocação revelada desde cedo acabou influenciando a mãe, Eleonor Bruno, que era médica e a acompanhava em seus trabalhos. Eleonor acabou trocando a profissão para ser atriz como a filha.

Aos 14 anos, Nicette já trabalhava profissionalmente com teatro como contratada pela Companhia Dulcina-Odilon, da atriz Dulcina de Morais.

O amor pelo palco também a levou a conhecer Paulo Goulart, com quem foi casada por mais de 60 anos e teve três filhos. Paulo morreu em 2014, aos 81 anos, vítima de câncer renal.

A estreia na televisão foi no ano de inauguração da TV Tupi, em 1950. Além de participações em recitais e teleteatros no canal, Nicette atuou na primeira versão do "Sítio do Picapau Amarelo", exibida entre 1952 e 1962.

A primeira novela foi em "Os Fantoches" (1967), de Ivani Ribeiro, na TV Excelsior. Na TV Tupi participou de títulos como "Meu Pé de Laranja Lima" (1970) e "Éramos Seis"(1977). Também atuou na última novela da Tupi, "Como Salvar Meu Casamento" (1979), encerrada antes de ser concluída.

Nicette estreou na Globo em 1980 no seriado "Obrigado, Doutor", em que contracenava com Francisco Cuoco.

Entre as principais novelas que fez na emissora estão "Sétimo Sentido" (1982) e "Selva de Pedra" (1986), de Janete Clair, "Louco Amor" (1983), de Gilberto Braga, Clair; "Bebê a Bordo" (1988) e "Perigosas Peruas" (1992), de Carlos Lombardi; "Rainha da Sucata" (1990), de Silvio de Abreu e o remake de "Mulheres de Areia" (1993), de Ivani Ribeiro.

As últimas novelas de destaque foram em "I Love Paraisópolis" (2015), Alcides Nogueira Mário Teixeira, "Pega Pega" (2017), de Claudia Souto, e "Órfãos da Terra" (2019), de Duca Rachid e Thelma Guedes, sendo esta última a vencedora do Emmy Internacional neste ano.

Fonte: Uol