Ator de Chocolate com Pimenta se dividiu entre Globo e emprego no governo Lula

25 de Outubro 2022 - 08h33
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Antônio Grassi se dividiu entre a Globo e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) quando viveu Reginaldo em Chocolate com Pimenta (2003), no ar em edição especial na Globo. O intérprete do pai de Graça (Nívea Stelmann) e Celina (Samara Felippo) na trama de Walcyr Carrasco chegou à novela para substituir Luís Melo.

O ator pensado inicialmente para o personagem precisou deixar o folhetim após sofrer uma lesão. Para seu lugar, a equipe da trama convidou, às pressas, Grassi, que agarrou o papel do pai que empurra a filha como forma de pagamento de uma dívida de jogo.

Para fazer a novela, Grassi precisou, no entanto, resolver um imbróglio. Como ele exercia o cargo de presidente da Funarte (Fundação Nacional de Arte) à época, posto vinculado ao governo, a Comissão de Ética da Presidência da República apontou incompatibilidade, sob alegação de que ele não poderia exercer as duas funções: ator da Globo e dirigente da fundação.

Posteriormente, ficou comprovado que era possível conciliar os horários, e o ator acabou liberado. Meses antes, Grassi já havia recusado um papel em Agora É que São Elas (2003), novela das 18h que antecedeu Chocolate com Pimenta.

Antônio Grassi exerceu a função de presidente da Funarte entre 2003 e 2006, retornando em 2011 e permanecendo no posto até 2013, quando passou a ser diretor executivo do Instituto Inhotim, cargo exercido até 2018.

Com informações de Notícias da TV