Assédio moral nos bastidores do Faustão na Band era rotina, diz revista

19 de Junho 2023 - 11h45
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Não era apenas nos bastidores do Domingão, na TV Globo, que havia casos de assédio moral, afirma a revista Veja. Após entrevistar o diretor Alberto Luchetti, que trabalhou com o apresentador na emissora dos Marinho e revelou os casos que por lá aconteciam, a publicação resolveu ouvir funcionários da produção do Faustão na Band, que confirmaram a rotina tensa.

De acordo com a Veja, a presença de Faustão provocava temor entre os envolvidos na atração. Além disso, ainda tinha toda a preocupação com relação à baixa audiência do programa, o que gerava ainda mais medo. 

“Era um clima muito pesado. Havia ali a cultura do medo. As pessoas têm muito, muito medo do Fausto. As demissões aconteciam de forma inexplicável, muita gente competente era desligada sem qualquer motivo”, começou uma produtora.

Outro detalhe revelado pela matéria é que um segurança ficava parado constantemente na porta do camarim do Faustão, o que não é visto regularmente em outros ambientes da Band e os diretores do programa ficavam do lado de fora aguardando que ele autorizasse a entrada deles. 

“A fisionomia deles era como se estivessem prestes a entrar na jaula de um leão”, comparou a funcionária que presenciara esta cena, descrita por ela como bastante comum no dia a dia das gravações.

Além de revelarem mais coisas, como acesso restrito a algumas pessoas ao camarim, liberação da entrada das bailarinas e a troca do corpo de dançarinas por implicância de Faustão, os funcionários ouvidos pela Veja ainda contaram que ele pagava jantares para toda a equipe de produção, a cada três meses, para passar uma sensação de “ser povão”.

O cardápio era fechado por ele, que passava nas mesas para para distribuir sorrisos e “boa noite”. Como muitas daquelas pessoas não tinham contato com Faustão diariamente, aproveitaram para posar ao lado do chefe: “Era quando dava a falsa impressão de que ele é da ‘galera’: ‘Ah, legal, ele paga jantar para o pessoal’. Não! Ele não conhecia ninguém daquelas mesas. No dia a dia, era um grande desprezo pelo trabalho dos profissionais”, detonou o entrevistado.

Outra maneira inusitada de “presentear” as pessoas, segundo os relatos publicados pela revista, era doar aos diretores roupas que não usava mais. Porém, o “mimo” era entregue dentro de um saco preto de lixo.

Com informações de Metrópoles