As frases que marcaram Pelé (e Edson)

29 de Dezembro 2022 - 13h40
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Pelé não foi marcado apenas por gols, passes, dribles, títulos, façanhas. Também será sempre lembrado por suas frases. Elas não foram tão incontestáveis quanto seu futebol, mas ganharam eco. E deram origem à famosa dualidade Edson x Pelé.

Confira algumas mais conhecidas:

Pedido após o milésimo gol

— Nesse momento de viva emoção para mim, afirmo que devo tudo o que sou ao povo brasileiro. E faço um apelo para que nunca se esqueçam das crianças pobres, dos necessitados e das casas de caridade. Vamos defender os pobres, vamos defender as criancinhas necessitadas. Vamos ajudar todo mundo, pelo amor de Deus. O povo brasileiro não pode esquecer das crianças.

"Arrependimento" ao oferecer gol mil às criancinhas

— Se eu soubesse que oferecer meu milésimo gol às criancinhas iria provocar tanta onda, teria ficado quieto. Bem que poderia ter oferecido aquele gol à minha mãe, que iria adorar.

Imortal

— Pelé nunca vai morrer.

Fábrica fechada

— Igual a Pelé não tem nem vai ter. Minha mãe me fez e fechou a fábrica.

Pelé perfeito, Edson não

— Perfeito é o Pelé, que não erra, que é imortal. Mas o Edson Arantes do Nascimento é uma pessoa normal, deve ter um monte de defeitos que muita gente não gosta e recrimina.

Cogitando a presidência, em 1988

— Não tenho medo de nada: se pintar alguma coisa nesse sentido, topo até ser presidente da República.

Aversão à Ditadura

— O que muita gente não sabe é que não joguei a Copa de 1974, na Alemanha, por desgosto em relação ao regime político do país. Era a época da ditadura.

Zico melhor que Maradona

— Eu disse, então, que Zico é muito mais importante para uma equipe do que o Maradona. Basta ver os gols que ele faz, decidindo. Já o Maradona não tem tanta importância.

Concordando com Muhammad Ali

— Você está certo, somos os maiores do mundo.

Incomparável, como Beethoven

— Pelé é uma coisa à parte, uma coisa de Deus. É como na música. Tem 500 bons pianistas, mas Beethoven só teve um. Pegue a história do Pelé, veja os gols que marcou, os títulos que ganhou, as jogadas que realizou. O dia que aparecer alguém capaz de repetir isso, então você poderá comparar.

Racismo

— Não há no Brasil qualquer discriminação de cor, e sim diferença de classes sociais.

Longevidade

— Minha família tem a característica da longevidade. Minha avó, por exemplo, morreu aos 97 anos. Quer dizer, vocês vão ter que me aturar por muito tempo ainda".

Maradona

— Um jovem que faz uma viagem dessas (Buenos Aires-Rio) apenas para tirar uma foto comigo e volta logo depois para o seu país só pode merecer o meu respeito. Por isso sempre gostei do Maradona.

Edson Arantes do Nascimento... Bola

— Se eu pudesse, me chamaria Edson Arantes do Nascimento Bola. Seria a única maneira de agradecer o que ela fez por mim.

Bola cheia

— Não há nada mais alegre na vida do que uma bola quicando na área. Nem nada mais triste do que uma bola vazia.

Time do coração: Vasco

— O time do meu coração sempre foi o Vasco. Eu gostei muito do Vasco, gosto muito do Vasco. Não tenho nada contra o Corinthians, mas não era (o time de coração). O meu irmão, inclusive, quando a gente jogava botão, às vezes sobrava o time do Palmeiras ou do Corinthians, e meu irmão sempre pegava o Palmeiras, ele era palmeirense. Às vezes, joguei quando garoto com o time de botão de nome Corinthians, mas se tivesse que escolher na época, eu escolheria Vasco.

Lembrança com camisa do Vasco
— A minha carreira começou praticamente com a camisa do Vasco. Houve um combinado em 1957, aqui no Maracanã, fizemos 10 jogos, e eu joguei com a camisa do Vasco e fomos campeões desse torneio. Independentemente se foi o primeiro a abrir para os negros ou não, mas foi quem me abriu as portas para a seleção brasileira.

Colômbia favorita na Copa de 94

— Não tenho dúvida de que a Colômbia é hoje a melhor equipe do mundo.

Chegada a Santos

— Eu vi o mar na minha frente e fiquei louco. Entrei na água de sapato e tudo para ver se era salgada mesmo. Era.

Pelé x Edson

— Pelé jogador acabou, e sei que será muito difícil igualá-lo com o Edson. Esse é o meu grande desafio de hoje em diante.

Ao reconhecer a paternidade de Flávia Christina Kurtz

— Quando ela começou a falar, reparei em seu rosto e vi que era da família.

Sem viagra aos 62 anos

— Nunca precisei de Viagra. Mas já vi amigos bastante perturbados por terem esquecido o remédio ao saírem para a noitada.

Exemplo

— Procuro separar as duas pessoas, o Edson e o Pelé. Sei perfeitamente o que o povo espera do Pelé e, em 25 anos de vida pública, você nunca viu o Pelé envolvido num escândalo. É uma responsabilidade, e um exemplo.

Alfinetada em Maradona

— Antes de falar do Pelé, Maradona precisa pedir autorização para o Zico, o Sócrates, o Romário, o Tostão e o Rivelino.

Episódio de racismo contra goleiro Aranha

— O Aranha se precipitou em querer brigar com a torcida. Se eu fosse querer parar o jogo cada vez que me chamassem de macaco ou crioulo, todos os jogos iriam parar. O torcedor grita mesmo. Temos que coibir o racismo. Mas não é num lugar público que você vai coibir. O Santos tinha Dorval, Coutinho, Pelé... Todos negros. Éramos xingados de tudo quanto é nome. Não houve brigas porque não dávamos atenção. Quanto mais se falar, mais vai ter racismo.

Resposta a Romário, que pediu que se calasse

— Tem muitas pessoas que não sabem muito o que querem e ficam atacando os outros. Mas sou católico apostólico romano e acredito que Deus sempre perdoou os ignorantes, e eu perdoo os ignorantes.

Espanha favorita em 2010

— Não há segredo. A Espanha é favorita para ganhar a Copa em 2010 e ninguém pode negar isso. O jogo e a empolgação da Espanha na Euro foram sentidos por todo o mundo.

Crítica a Neymar em 2012

— É excelente jogador tecnicamente, mas pegou um vício de só jogar de ponta-esquerda. E dificulta um pouco para ele. Tem que tirar essa preocupação de o Neymar, em todas as vezes que um jogador entra nele, ele se jogar, querer fazer a coisa mais drástica. Isso não é bom para ele.

Sobre treinar a Seleção

— Isso eu já falei mil vezes: Tenho convites não para a seleção brasileira, mas para seleções de todo o mundo. Todo mês recebo uma consulta. E eu já disse: "se um dia eu continuar trabalhando com crianças, vou continuar no litoral, em Santos, mas profissional eu não quero ser.

Sobre manifestações de 2013

— Eu vou pedir aos brasileiros mais uma vez para não confundirem as coisas. Nós estamos iniciando uma preparação para a Copa do Mundo, está pertinho, um aninho. A Copa das Confederações serve muito para fazermos uma base de como vai ser a nossa equipe. Vamos esquecer toda essa confusão que está acontecendo no Brasil, todas essas manifestações e vamos pensar que a Seleção é o nosso país, é o nosso sangue. Não vamos vaiar a Seleção, vamos apoiar até o final.

Com informações do Globo Esporte