Após operação, PF consegue prender Roberto Jefferson

13 de Agosto 2021 - 07h23
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O presidente nacional do PTB, Roberto Jefferson (RJ), foi preso preventivamente pela Polícia Federal, após determinação do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes por envolvimento em uma suposta milícia digital que atua contra a democracia. A Polícia Federal cumpriu na manhã de hoje o mandado de busca e apreensão e de prisão na residência do político aliado ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Além da prisão preventiva, o ministro também determinou a busca e apreensão de armas e munições de propriedade de Roberto Jefferson "bem como de computadores, "tablets", celulares e outros dispositivos eletrônicos".

Na decisão, o ministro já autorizou o acesso a mídias de armazenamento (inclusive celulares, HDs, pen drives apreendidos, materiais armazenados em nuvem), "apreendendo-se ou copiando-se os arquivos daqueles julgados úteis para esclarecimento dos fatos sob investigação", segundo trecho da decisão.

Por último, Alexandre de Moraes determinou o bloqueio das redes sociais - especificamente o Twitter, que, segundo o ministro é "necessário para a interrupção dos discursos criminosos de ódio e contrário às Instituições Democráticas e às eleições, em relação ao perfil @BobJeffRoadKing".

Mais cedo, o perfil havia publicado que a decisão de Moraes se tratava de uma "canalhice".

"A Polícia Federal foi a casa de minha ex-mulher, mãe de meus filhos, com ordem de prisão contra mim e busca e apreensão. Vamos ver de onde parte essa canalhice", escreveu o perfil.

Apesar de a conta não ser verificada pela plataforma, este é o perfil citado por Moraes na decisão, que também inclui o bloqueio de Jefferson nessa rede social. A conta já foi retirada do ar.

Na disputa dos partidos para tentar conseguir a filiação do presidente Jair Bolsonaro para sua candidatura à reeleição em 2022, o PTB chegou a oferecer as principais funções da legenda, como presidência e diretoria financeira, à família Bolsonaro. A expectativa, porém, era de que o presidente levaria algo em torno de 20 a 25 deputados já eleitos à legenda, o que aumentaria o repasse do fundo eleitoal ao partido.

Com informações de UOL