Antes de Bolsonaro, Dilma cortou recursos do MEC no ano da Pátria Educadora

06 de Maio 2019 - 12h39
Créditos:

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) não foi o único a cortar recursos da educação logo no seu primeiro ano de gestão. A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) tirou R$ 10,5 bilhões, ou 10% do orçamento do Ministério da Educação (MEC), em 2015, quando iniciava seu segundo mandato. Na época, o slogan escolhido pelo governo federal era "Pátria Educadora".

A decisão da petista obrigou a cortes em programas e gerou pagamentos atrasados. Antes mesmo de oficializar o represamento de orçamento no âmbito do ajuste fiscal, a tesoura atingiu programas como o Fies (Financiamento Estudantil) e o Pronatec, as duas principais bandeiras de Dilma na área da educação durante as eleições de 2014.

Depois de uma expansão de financiamentos entre 2010 e 2014, o governo alterou as regras do Fies ainda nos últimos dias de 2014. Restringiu o acesso ao programa e chegou a adiar pagamentos a empresas educacionais. O ano fechou com 313 mil contratos, 57% menos do que o registrado em 2014.

No decorrer do ano, outras iniciativas sofreram com a escassez de recursos, como o Mais Educação, voltado a escolas de tempo integral, e o PDDE (Programa Dinheiro Direto na Escola), que transfere verbas diretamente para as unidades. Bolsas de programas de iniciação à docência e de alfabetização também atrasaram. O corte na verba de custeio provocou reflexos nas universidades federais, que agonizaram com problemas de caixa. O MEC ainda teve de lidar com uma greve de cinco meses de duração dos professores universitários federais.