Alunos constroem Cidade da Memória e aprendem sobre inteligência socioemocional

08 de julho 2020 - 05h56
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Por meio de maquetes construídas na escola e em casa, ao longo do ano, estudantes da Escola Lápis de Cor/MOV criam modelos do que seriam bairros ideais: com sustentabilidade, solidariedade e relações saudáveis.

A iniciativa faz parte do projeto Escola da Inteligência, que tem como objetivo trabalhar a inteligência socioemocional das crianças, acreditando que esta é uma das habilidades mais necessárias para os tempos atuais.

As maquetes representam bairros e algumas das habilidades trabalhadas pelo projeto. Cada estudante reproduz seu sentimento nelas: o que reclamam, o que respeitam, por que não reclamam mais. No final do ano, será construída a Cidade da Memória.

Semanalmente, a Escola da Inteligência aborda novos temas, também em outras atividades: como deixar escola e bairro limpos; a contemplação da beleza das coisas; enxergar com o coração; ajudar os colegas e a família em casa; valorização de si e do outro etc.

Os estudantes são instigados também, por exemplo, a escrever cartas para pessoas da escola expressando o quanto são especiais, sejam elas colegas ou funcionários.

A Escola Lápis de Cor/MOV foi a primeira em Natal a trabalhar com a Escola da Inteligência, em 2015. A coordenadora pedagógica Polena Machado explica que o projeto se tornou ainda mais significativo neste contexto de pandemia.

"Tem sido um dos meios utilizados para ajudar as crianças no isolamento, valorizando e acolhendo seus sentimentos", ressalta. "Todos os dias, elas são convidadas a refletir sobre suas atitudes de maneira lógica e inteligente".

Para Polena, a função social da escola é para além do ensino dos componentes curriculares obrigatórios. "Vivemos em um mundo globalizado, com crianças que interagem com ele e são integrais", afirma.

"Queremos contribuir na formação de seres humanos felizes e conscientes, que tomam decisões assertivas e também compreendem suas frustrações", diz a pedagoga.