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Presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens no Rio Grande do Norte (ABAV-RN), Abdon Gosson, afirma que o imbróglio envolvendo o destino do Hotel Reis Magos “tem destruído com a principal imagem da área turística da nossa cidade”. Na visão do empresário do ramo turístico, a insegurança jurídica gerada pelo caso tem afugentado novos investimentos.
“Nossa posição como hoteleiro, como presidente da ABAV-RN, é de que precisamos trabalhar pelo crescimento do turismo em nosso estado, essa que é principal indústria empregadora do nosso estado. São mais 120 mil pessoas que dependem diretamente do turismo e poderiam ser de 300 a 400 mil pessoas se tivéssemos um turismo mais ativo, competitivo, com mais atrações, com mais limpeza e segurança”, afirma Abdon.
O empresário defende que o direito de uso dos proprietários deveria ser respeitado. “Aquele equipamento pertence a uma empresa privada, e essa empresa tem o direito de utilizá-lo da forma como for. Ou reconstruir, ou usá-lo como está ou até mesmo demolir, mas de uma forma que ela possa reutilizar aquela área e não fique naquele abandono”, pontua Abdon.
O presidente da ABAV argumenta que a região da Praia dos Artistas, local onde se encontra o antigo Hotel Reis Magos, poderia ser uma das áreas mais valorizadas da capital. “Hoje é um centro de consumo de drogas, sujeira e contaminação. Aquela poderia ser a área mais valorizada da nossa cidade. Verdadeiramente, uma insegurança jurídica como essa afugenta novos investimentos. Aqueles que querem investir no nosso estado precisam realmente repensar, essa que é a realidade que a gente não pode fugir”, destaca.
E complementou: “Eu acredito que – talvez - uma das orlas mais feias do Brasil é a da nossa cidade. O turista chega do Aeroporto e já passa por locais que remetem a total falta de abandono e desprezo. Então isso é muito feio para quem chega. A visita, quando chega à nossa casa, ela não entra pelo quintal, ela entra pela sala.”
